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Alcione diz que sexo na terceira idade é melhor: 'Tem a pegada'

Alcione foi a convidada do "Papo de Segunda" - Vídeo/Reprodução
Alcione foi a convidada do "Papo de Segunda" Imagem: Vídeo/Reprodução

Colaboração para o Splash

20/07/2021 00h01Atualizada em 20/07/2021 00h54

A cantora Alcione, 73 anos, afirmou que acredita que o sexo na terceira idade é melhor que o da juventude.

"Na juventude eu não sabia nada, não aproveitei muita coisa. Depois dos 40 que a gente sabe, que a gente tem a pegada. Hoje o sexo é melhor, no meu entendimento. Melhor que com 20 anos. Com 15 eu não fazia, mas com 20 já conheci", comentou a cantora durante participação no "Papo de Segunda" (GNT) de hoje.

Sobre o fato do sexo na terceira idade ainda ser considerado um tabu, a Marrom foi direta. "Essas pessoas acham, não sei porque, acho que é preconceito com a terceira idade. A terceira idade já está muito mais bem informada de tudo. A terceira idade sabe jogar nas quatro posições e é isso aí", completou, bem humorada.

Alcione comentou também no bate-papo sobre o sexo chamado de "sexo casual" e afirmou que, para ela, a qualidade é importante.

A qualidade da transa é muito importante. Eu nunca gostei de qualquer transa. Tem que ser bom e com quem a gente quer muito. Negócio de transar por transar não existe pra mim. Existe a boa transa ou a transa que foi ruim e a gente esquece, passa batido, acabou".

"Tem que ser mais preciso, né? Porque também transar por transar é falta de higiene. Tem que ser uma coisa muito boa pros dois", finalizou.

Carreira

Alcione comentou sobre a longevidade de sua carreira e ao que atribui os longos anos de sucesso.

Acredito que esse negócio de repertório é uma coisa muito séria na vida do artista. E graças a Deus eu tenho aonde pisar, as coisas que eu gosto de relembrar nos meus shows. Eu posso viver pra sempre do meu repertório. Essa longevidade é porque eu sempre respeitei muito meu público e tenho um respeito enorme por músicos, pela minha carreira. Respeito essa arte de cantar, essa possibilidade que Deus me deu de cantar nessa terra. Não tô aqui só porque tem espaço".

Ela respondeu também que não acredita ser cobrada pelo público para mudar de estilo e sobre as novas formas de se fazer música na era da internet.

"Não me cobram mais, porque as pessoas gostam de ouvir o meu repertório, que eu tenho pra trás. Até porque essa coisa de gravar disco, não se faz mais, né? É mais a internet. Você tem que colocar uma canção, uma música lá na internet e pá, as pessoas ouvem e gostam e é por aí. é outro caminho, outro mecanismo e mesmo assim eu tô bem com esse mecanismo, eu tô bem com minha história e as pessoas estão bem com a minha história".

Questionada por João Vicente se em algum momento, já fez algum trabalho para agradar os outros, a cantora não se furtou de responder. "Eu sempre quis agradar a todo mundo mas tinha que partir de um princípio que estivesse gostando do que estivesse fazendo, estivesse cantando, pra eu poder agradar todo mundo. É uma coisa muito bonita a relação da gente com o público. Eu por exemplo, eu ouço uma música e eu sei que aquela música vai rachar o Brasil no meio."

Quando eu escutei 'A Loba' a primeira vez... 'Sou doce, dengosa, polida'... Como é que eu vou cantar um negócio desse? Quando você descobre uma coisa assim, você sabe que vai rachar o público. E não deu outra".

A rainha do samba falou também sobre a importância de sempre ouvir coisas novas para a carreira. "É bom escutar todo mundo e chegou um pessoal na música brasileira fazendo coisas muito bonitas e coisas que a gente tem que escutar. (...) Você tem que abrir esse leque e escutar todo mundo. A primeira vez que ouvi a Aretha Franklin e a Mahalia Jackson cantando eu fiquei: 'Será que alguém no mundo pode cantar assim? Como que faz para cantar desse jeito? Aí eu descobri os caminhos para ser eu".

Feminista e criação

A cantora confirmou ainda se considerar feminista há tempos e falou sobre a infância.

"Nós tínhamos umas funções em casa de manhã cedo. Nós mulheres tínhamos que levantar e passar o café, porque meu irmão ia comprar o pão, porque meu pai não admitia que a gente fosse na padaria. Eles é que são homens que tem que ir, vocês vão passar o café. Aí fazia o almoço, almoçava todos na mesma. É o tipo de criação que tive e não me arrependo de ter tido."

Ela completou: "Porque eu sou uma pessoa meio desassombrada, porque meu pai dizia que eu não podia dar essa confiança do homem dizer 'sai da minha casa', você que tem que dizer 'sai da minha casa', então tenha sua casa. Eu sempre gostei de tudo que meu pai me ensinou e falou. Tive uma criação legal".

Alcione falou também sobre suas músicas ajudarem mulheres a se empoderarem. "Com certeza. Essa música (A Loba) é uma injeção na alma das mulheres. 'Sou mulher de te deixar, se você me trair'. Sabe, tudo que a música diz, as mulheres vão atrás. Por isso quando começo a cantar, vem aquele coro maravilhoso, grandão. As mulheres se acham nela".