Topo

Felipe, do Barões da Pisadinha, revela medo: "Falei: não vai dar certo"

Barões da Pisadinha em entrevista ao Conversa com Bial - Reprodução/Vídeo
Barões da Pisadinha em entrevista ao Conversa com Bial Imagem: Reprodução/Vídeo

Colaboração para o UOL

26/02/2021 02h43

Felipe Barão, um dos integrantes do grupo "Barões da Pisadinha", revelou que quando pressionado pelo seu parceiro Rodrigo a adotar a "pisadinha", ficou com medo do estilo não funcionar.

"Ele me chamou pra botar esse ritmo. E eu disse: Cara, isso não vai dar certo. Eu fiquei botando dificuldades. Aí ele falou: rapaz, faça o ritmo.(...) Por fim, eu acabei fazendo", contou Felipe. A afirmação foi feita em entrevista ao Conversa com Bial, na madrugada de hoje. Rodrigo, outra metade da dupla, também participou do bate-papo.

Felipe contou que foi convencido a adotar o estilo ao colocar o ritmo em um show e ver as pessoas sentadas começando a se levantar para dançar. "Quando soltou a pisadinha, todo mundo levantou das mesas e começou a dançar. Aí eu tive que baixar a cabeça e falar "você tava certo", disse, aos risos.

A dupla falou ainda sobre a "pisadinha" enquanto um gênero musical próprio. "É uma mistura de xote com samba, é uma dança pisando pra lá e pra cá, o que deu característica ao ritmo e ao nome. Ela já existe há mais de 20 anos, foi criada no sertão da Bahia, ficou esquecida e aí o Rodrigo teve a ideia e me chamou "cara, vamos montar um ritmo novo", aí a gente resgatou a pisadinha com a atualidade e a tecnologia", contou Felipe.

Questionado por Bial a respeito de como a ideia de resgatar o ritmo aconteceu, Rodrigo revelou que, no começo, ele e Felipe tocavam diversos estilos, com foco no forró, porém ouviam de muitos amigos que eles deveriam buscar uma identidade. A partir daí, ele teve a ideia de juntar tudo o que eles gostavam em um ritmo só e chegou a versão da pisadinha tocada pela dupla.

Inspiração, começo de carreira e sucesso

Os dois revelaram que o eterno rei do baião, Luiz Gonzaga, é uma de suas principais referências na forma de fazer música.

"Eu vejo Luiz Gonzaga como um gênio da música, que conseguiu levar a música nordestina a um patamar que ela não era vista antes", contou Rodrigo, quando questionado por Bial se o famoso cantor exercia alguma influência na dupla.

Na entrevista, Felipe e Rodrigo falaram ainda sobre o começo da carreira. Ambos confessaram que já trabalharam em outras profissões, como garçom, para conseguir pagar as contas e foram criticados no passado por fazer algo que eles gostavam, como cantar. Hoje, a dupla é sucesso absoluto, com 2 hits no top 50 global do Spotify, os únicos artistas brasileiros a conseguirem a façanha além da cantora Anitta.

O Conversa com Bial vai ao ar de segunda a sexta-feira, após o Jornal da Globo.