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Um grande 'Canalha' fez sucesso no 'The Voice+', mas você sabe quem é João?

João "Canalha" Albuquerque no The Voice+
João "Canalha" Albuquerque no The Voice+
reprodução/Globo

De Splash, em São Paulo

02/02/2021 04h00

João Carlos Albuquerque, o jornalista esportivo que a gente viu no "The Voice+" anteontem, é um cara que poderia facilmente dizer que seus concorrentes no programa são "Canalhas" —com C maiúsculo. Mas calma, essa palavra, na visão dele, também pode ser um elogio.

No bom sentido, né? Canalhas somos todos, com C maiúsculo. Os corruptos, estúpidos e violentos são canalhinhas com C minúsculo. Passaram a me chamar de Canalha. Palavra divertida.

João Carlos Albuquerque ao UOL Esporte
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Não se engane: o participante de 65 anos que cantou Dire Straits e virou três cadeiras dos jurados no "The Voice+" é um grande Canalha. No bom sentido, tá?

Um Canalha que conquistou muito respeito do público em seus anos de TV esportiva, mas trilhou este caminho sem pisar em ovos. Sem papas na língua, João é um autêntico "bicho do mato" que costuma falar o que pensa e defender o que acredita.

Sou bicho do mato mesmo. Sei lá, sou meio sociopata, recluso, solitário. A imagem que tenho de mim é eu sozinho lendo um livro em um restaurante. Sou transparente, não faço tipo.
João Carlos Albuquerque ao UOL Esporte

As declarações acima foram feitas em entrevista ao UOL Esporte; na época, João 'Canalha' ainda estava na ESPN Brasil e sorria com amizades ilustres, como a de Jô Soares. Agora, o "The Voice+" mal começou e ele já tem torcida.

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Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Mas não é impossível que ele tenha colecionado inimizades também.

Na ocasião, João criticou muito o que chama de "jornalismo engraçadinho", tendência que ganhou força nos últimos 10 anos da TV esportiva. Ele não acha engraçadinho (pelo contrário).

Acho um horror, um lixo. Sem graça, sem critério e sem cultura... Certamente há exceções, mas é um lugar-comum sem conteúdo. Só provocações baratas e gracinhas sem graça.
João Carlos Albuquerque ao UOL Esporte
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E Canalha já questionou até mesmo a religiosidade excessiva no futebol —como os jogadores que atribuem todos os seus sucessos e fracassos ao que Deus quis ou deixou de querer:

Isso me incomoda. Parece que Deus está do lado do seu time quando faz o gol.
João Carlos Albuquerque ao UOL Esporte
reprodução/ESPN - reprodução/ESPN
Imagem: reprodução/ESPN

A participação no "The Voice+" pode realizar um desejo antigo de João Carlos Albuquerque: ele sonha em ter um espaço para falar sobre música e outros elementos da cultura. Só o tempo vai dizer quais portas serão abertas pelo seu desempenho no programa da Globo.

Eu queria muito fazer um programa em que pudesse misturar tudo. Queria entrevistar atores e atrizes do passado, cantores e cantoras, cineastas, músicos... tocar, jogar e brincar.
João Carlos Albuquerque ao UOL Esporte
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O que pode ajudá-lo nesta jornada é o carisma, que já rendeu a ele o apelido de Clark Kent (sim, o alter ego do "Super Homem"):

O que posso fazer, né? Mas nunca me subiu nada para a cabeça, nunca fiz pose de galã. Um cara bonitão é um cara normal: bonito, mas nem tanto.

Divulgação/Globo - Divulgação/Globo
Imagem: Divulgação/Globo