Sonia Bridi mora em casa sustentável e tem 'horror a plástico'
Sonia Bridi já tem 36 anos de Globo e nesta terça-feira (8) terá uma responsabilidade diferente, em outro canal. Ela estará no Off Conecta conduzindo uma das mesas redondas do "Papo Off".
A apresentadora tem uma longa trajetória na emissora carioca, passou por países como França, China, Estados Unidos, entre outros. E tem uma coisa que leva sempre com ela, seja onde for: a consciência ambiental.
Continuo tendo horror de plástico. Há coisas em que é útil e necessário. Mas a maioria é de uso único. Depois vira um lixo que não se acaba. Qualquer boca de lobo em uma grande cidade está entupida de sacolas, garrafas pet, embalagens. Plástico mata animais, floresta, mata gente nas enchentes
Até em casa
Quando construímos a casa, queríamos uma que pudesse ter o menor impacto possível. Replantamos 15 árvores para cada árvore cortada. Fizemos jardim com plantas tropicais, que não precisam de rega e alimentam passarinhos e pequenos animais. Fizemos design passivo, como luz natural e ventilação cruzada
"Tivemos a primeira casa com teto solar no Rio, produzindo energia elétrica e aquecendo a água. Tenho composteira para o lixo orgânico, separo o reciclável e procuro eliminar a produção de lixo. Tenho dois espelhinhos d'água, onde sapos e peixinhos se reproduzem e ajudam no controle de mosquitos".
Recentemente, Sonia realizou o sonho de ter um carro plugin. Durante a pandemia, ficando mais em casa, economizou cerca de mil litros de gasolina.
A natureza faz parte também da trajetória da jornalista na Globo. Ela participou da cobertura da Rio-92. Foram também o jornalismo e a emissora que deram a ela o amor de sua vida, Paulo Bormann Zero.
Cheguei a Nova York transferida do escritório de Londres, e a primeira matéria que fiz lá foi sobre uma escultura atribuída a Michelangelo, que foi descoberta na Casa da Cultura da França. O cinegrafista era o Paulo. A escultura, de um cupido. Já se passaram 25 anos.
E onde tudo começou?
Bom, Sonia não tinha nem idade para isso, literalmente. Eram apenas 14 anos, uma estudante do ensino médio... E já queria seu espaço.
Era estudante do ensino médio. Queria ser jornalista e decidi que, se iria trabalhar, deveria ser com algo que já me preparasse para a vida adulta. Fui pedir emprego no jornal local de Caçador (SC), onde cresci. O dono do jornal, o historiador Nilson Thomé, foi gentil e me dispensou
"Mas eu voltei na semana seguinte. E na seguinte. Um dia encontrei lá o meu professor de português. Foi ele quem convenceu o Nilson a me dar uma coluna estudantil, que toquei durante 3 anos", conta.
Nessa longa história, como contamos, foram muitos países. O favorito? Bom, a gente tentou arrancar isso da jornalista, mas falhamos miseravelmente.
Impossível escolher. Em cada um tive experiências diferentes. Meus filhos frequentaram escola, fiz amigos. A China foi mais intenso, por causa da diferença. Por todos tenho carinho que se tem a um familiar. De todos eu trouxe um hábito, uma receita de comida, uma lição, e um montão de lembranças.
Mas conseguimos tirar algo sobre as dificuldades na China, principalmente com a censura. Histórias que viraram o livro "Laowai", que a ajudou a entender tudo.
A censura na China não era prévia quando estava lá, pelo menos para estrangeiros. Mas eles cerceiam o acesso às pessoas. Punem quem informa. Isso joga com nosso senso de justiça e responsabilidade. Em reportagens sensíveis, eu pedia ajuda de tradutores não chineses, para não envolver a equipe.
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