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Em OFF: Márcio Gomes fora das câmeras é tímido e apaixonado pelo Japão

Márcio Gomes no Japão
Márcio Gomes no Japão
Arquivo pessoal

De Splash, em São Paulo

02/11/2020 04h00

Quem vê Márcio Gomes em destaque na TV, talvez nem imagine que ele seja tímido, apaixonado pelo Japão e que seu primeiro contato com a reportagem tenha sido com um Playmobil.

O jornalista, que trocou recentemente a Globo pela CNN, conversou com Splash sobre o que a gente não vê atrás das câmeras.

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A jornada como repórter de Márcio começou em 1994, quando o jornalista carioca se mudou para São Paulo para trabalhar na Record. Um ano e meio depois, ele foi contratado pela Globo. Mas a grande mudança em sua vida veio em 2013: quando foi convidado pela emissora para ser correspondente no Japão.

De mala e cuia, com a esposa e os dois filhos, Márcio trabalhou em Tóquio, no Japão, pela rede Globo de 2013 a 2018. E o jornalista só tem elogios para a experiência:

É um lugar maravilhoso. Tive a oportunidade de dar para minha família uma experiência de viver fora. Foram anos espetaculares.

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O jornalista aprendeu muito com a cultura japonesa e disse que o desafio da adaptação foi interessante, mas não difícil, porque o país está pronto para receber as pessoas. Além disso, ele exaltou a eficiência da segurança e educação do Japão.

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É um país bem organizado, onde pessoas que passaram por muitas dificuldades trabalharam duro para conseguir se reerguer de bombas e guerras. Isso é um exemplo para qualquer pessoa.

Mas o jornalista não ficou livre dos perrengues. Pelo contrário, aprender o idioma não foi fácil. Aliás, até hoje ele não fala japonês.

A língua foi uma barreira, mas a equipe local ajudava. O problema é quando tinha que me virar sozinho, no supermercado por exemplo.

Traduz para a gente, Márcio! Brincadeirinha...

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No trabalho, o ex-Globo considera que tenha sido a sua melhor fase profissional. E que a experiência subiu a régua no quesito desafio. E esse foi um dos motivos que o levou a topar a proposta da CNN.

Me mandaram voltar para o Brasil em 2018. É do jogo. Eu voltei triste porque adorava trabalhar lá, da dinâmica, dos desafios, do país em si.

Mesmo de volta para São Paulo, Márcio não se desprendeu totalmente do Japão, aliás, ele diz que alguns aprendizados e costumes vão ficar para o resto da vida.

Depois de cinco anos lá, é impossível não trazer o Japão dentro de você.

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Ele sempre compartilha no Instagram suas lembranças. Saudades, né?

Matando saudade dos tambores do Japão... #taiko

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E ele conta qual hábito japonês a família adota principalmente no dia a dia:

A gente não entra de sapato em casa. Lá, todo mundo deixa o sapato na porta de casa. É um sinal de higiene e respeito ao lugar que você mora.

boneco - Acervo Pessoal - Acervo Pessoal
Portal Torii
Imagem: Acervo Pessoal

Mas ele não trouxe só costumes do Japão, Márcio adora colecionar bonecos, e levou vários do país oriental para decorar sua casa.

"As bonequinhas são as kokeshis, feitas em diferentes regiões do Japão. E o torii, portal que fica diante dos templos, eu trouxe de uma viagem a Hiroshima".

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Bonecas Kokeshis - Acervo Pessoal - Acervo Pessoal
Bonecas Kokeshis
Imagem: Acervo Pessoal

Mas um boneco de sua coleção, que está com o jornalista há 40 anos, tem um significado especial: o Playmobil o apresentou para o mundo da reportagem.

O brinquedo talvez tenha sido meu primeiro contato para entender como a TV funciona - e principalmente como é preciso ter muita gente por trás das câmeras pra se fazer uma transmissão.

playmobil - Acervo Pessoal - Acervo Pessoal
Playmobil
Imagem: Acervo Pessoal

Tímido, sim, qual o problema?

Mesmo com 26 anos como repórter de televisão, Márcio se considera um cara tímido. Não na frente das câmeras, claro, mas na vida social. Agora, no emprego numa nova emissora, ele disse que vai demorar para se soltar com os colegas de trabalho.

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Eu sou muito envergonhado. Entrando agora numa nova redação, eu fico mais no meu canto. Observando para entender o ambiente primeiro.

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Vergonha, mas nem tanto...

O jornalista conta que demorou para fazer algumas coisas em sua vida devido à timidez, mas nada que fosse patológico. E que sempre tenta enfrentar essa barreira.

Fico tenso em lugar público quando as pessoas me reconhecem. Eu posso demorar para socializar, mas depois rola.

Se encontrar o Márcio por aí, já sabe, né? Dá aquele oi discreto e espera ele quebrar o gelo!