Lud fala de racismo e política: 'O mundo está polarizado de forma sinistra'
Antes de brilhar na apresentação do MTV Miaw 2020, que vai rolar amanhã, Ludmilla conversou com Splash sobre carreira, racismo e a repercussão da música "Verdinha", que gerou até discussão política.
Chegou chegando, hein, Lud?
Para bagunçar a zorra toda, Lud já acabou com as esperanças de quem achou que ela migraria para o pagode após o sucesso de "Numanice". A cantora afirmou que é do funk, mas isso não a impede de experimentar outro gênero musical.
Um pouquinho de Lud cantando pagode para esquentar o coração!
Uma das coisas mais bacanas do funk é que não tem preconceitos, não aceita julgamentos. Então, eu sinto que posso fazer tudo.
Pode mesmo! E um exemplo disso foi o alvoroço que a cantora causou quando lançou "Verdinha", música que concorre a hino do ano e clipão da p*rr* na premiação da MTV.
A música virou assunto político quando o deputado federal Cabo Junio Amaral (PSL-MG) pediu uma "moção de repúdio" contra a artista, no fim de 2019, por acreditar que a letra fazia apologia às drogas.
No clima da letra da música, que diz que a "máscara vai cair diante da sociedade", Ludmilla respondeu ao deputado, na época, num tom bem debochado.
Questionada se a sociedade anda careta, Lud respondeu que não, mas...
O mundo está polarizado de uma forma sinistra. Verdinha é uma música que me traz muito orgulho.
A cantora também disse que seu papel não é só entreter, e, sim, fazer pensar.
E essa é uma discussão há muito tempo relevante [legalização da maconha]. Eu não gravei a música para causar polêmica mas, sim, para levantar um debate. Deu certo, não é?
Lud também se manifesta sobre questões raciais, afinal...
Eu sou uma mulher preta. Toda mulher preta com as minhas características já sentiu na pele o racismo. Independentemente de ter grana ou não.
E, recentemente, o nome de Lud virou notícia por defender Neymar após o craque sofrer racismo em campo.
Essa merda [o racismo] faz tanto dos meus morrerem.
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