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Lud fala de racismo e política: 'O mundo está polarizado de forma sinistra'

Ludmilla no EP "Numanice"
Ludmilla no EP "Numanice"
Chico Cerchiaro/Divulgação

De Splash, em São Paulo

23/09/2020 12h00

Antes de brilhar na apresentação do MTV Miaw 2020, que vai rolar amanhã, Ludmilla conversou com Splash sobre carreira, racismo e a repercussão da música "Verdinha", que gerou até discussão política.

Chegou chegando, hein, Lud?

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Para bagunçar a zorra toda, Lud já acabou com as esperanças de quem achou que ela migraria para o pagode após o sucesso de "Numanice". A cantora afirmou que é do funk, mas isso não a impede de experimentar outro gênero musical.

Um pouquinho de Lud cantando pagode para esquentar o coração!

Uma das coisas mais bacanas do funk é que não tem preconceitos, não aceita julgamentos. Então, eu sinto que posso fazer tudo.

Pode mesmo! E um exemplo disso foi o alvoroço que a cantora causou quando lançou "Verdinha", música que concorre a hino do ano e clipão da p*rr* na premiação da MTV.

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A música virou assunto político quando o deputado federal Cabo Junio Amaral (PSL-MG) pediu uma "moção de repúdio" contra a artista, no fim de 2019, por acreditar que a letra fazia apologia às drogas.

No clima da letra da música, que diz que a "máscara vai cair diante da sociedade", Ludmilla respondeu ao deputado, na época, num tom bem debochado.

Questionada se a sociedade anda careta, Lud respondeu que não, mas...

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O mundo está polarizado de uma forma sinistra. Verdinha é uma música que me traz muito orgulho.

A cantora também disse que seu papel não é só entreter, e, sim, fazer pensar.

E essa é uma discussão há muito tempo relevante [legalização da maconha]. Eu não gravei a música para causar polêmica mas, sim, para levantar um debate. Deu certo, não é?

Lud também se manifesta sobre questões raciais, afinal...

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Eu sou uma mulher preta. Toda mulher preta com as minhas características já sentiu na pele o racismo. Independentemente de ter grana ou não.

E, recentemente, o nome de Lud virou notícia por defender Neymar após o craque sofrer racismo em campo.

Essa merda [o racismo] faz tanto dos meus morrerem.