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No thriller francês 'Armadilha Explosiva' a bomba explode mas não ofende
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"Armadilha Explosiva" é o melhor exemplo de como criar um filme econômico. Com meia dúzia de atores e uma única locação, o francês Vanya Peirani-Vugnes estreia na direção com este thriller tenso e bem realizado, ainda que tenha pouca carne nos ossos.
Metade do caminho para desenvolver a narrativa é resolvido com a ação concentrada em um único elemento: o carro em que Sonia está presa com duas crianças. Se qualquer um deixar o veículo, estacionado em uma garagem parisiense, todos vão pelos ares.
Como Colin Farrell em "Por Um Fio" ou Ryan Reynolds em "Enterrado Vivo", a ambientação confinada funciona quando seu protagonista segura as pontas. A boa notícia é que, no papel de Sonia, Nora Arnezeder ("Army of the Dead: Invasão em Las Vegas") não faz feio na condução da trama.
A má notícia é que o resto do elenco, especialmente o infantil, se contenta em fazer expressões preocupadas e reações exageradas cada vez que a trama esbarra em um novo dilema mortal. Em sua defesa, o roteiro não vai além do básico na caracterização dos personagens.
Ainda assim, "Armadilha Explosiva" é passatempo inofensivo que não faria feio em um "Supercine" da vida. A trama envolve uma empresa, da qual Sonia é sócia, que fecha contratos para desarmar minas terrestres em zonas de conflito.
A morte de inocentes na Ucrânia é o estopim para um adversário misterioso armar um explosivo antitanques no carro de Sonia. É uma mistura inusitada de "Cujo" e "Guerra ao Terror" com uma pitada de série policial ao estilo "CSI".
O recorte político termina como mera desculpa, inserido no filme mais como remendo e menos como parte da narrativa. A essa altura, porém, "Armadilha Explosiva" já deu seu recado como thriller ligeiro e absolutamente previsível que desce fácil em uma horinha e meia.
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