Insistência da Record em produção religiosa sabota audiência de 'A Fazenda'

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Desde o início da atual temporada, "A Fazenda" deu indícios de que tinha grande potencial de repercussão e audiência. Com participantes dispostos a jogar e sem pudor para conflitos, o reality show da Record engrenou logo nos primeiros episódios e entregou tudo aquilo que o fã desse tipo de formato gosta: intrigas, fofoca, conchavo e romance.
Ao proporcionar o entretenimento que o público espera, "A Fazenda" tem tido níveis satisfatórios no Ibope da Grande São Paulo. Dificilmente, a média da atração é inferior a 6 pontos e, com frequência, o programa atinge picos acima dos 7 pontos. A performance do reality show poderia ser melhor se a grade de programação da Record ajudasse.
Com a estreia da novela turca "Mãe", a emissora de Edir Macedo voltou a conquistar 7 pontos de média às 21 horas, audiência que as tramas bíblicas exibidas anteriormente na mesma faixa horária nem sonharam em atingir. O problema é que, logo após "Mãe", a Record exibe "Reis", que derruba o Ibope do canal em até dois pontos, afastando um público que poderia naturalmente migrar para "A Fazenda" caso o reality show sucedesse a produção turca.
Insistir na veiculação de novelas bíblicas que espantam o público do horário nobre é sabotar um desempenho melhor de "A Fazenda". Com a audiência na casa dos 5 pontos, Adriane Galisteu e as subcelebridades confinadas no reality show rural precisam se esforçar para fazer com que os espectadores sintonizem novamente na Record. Se herdasse a audiência de "Mãe", certamente, "A Fazenda" conseguiria números mais expressivos do que está obtendo até o momento.
Por mais que as tramas baseadas em livros da Bíblia tenham fãs fiéis, elas já não possuem o apelo de outros tempos, quando chegaram a ameaçar a Globo. Será que não está na hora da Record repensar sua estratégia e produzir teledramaturgia para todos os públicos e não apenas para os evangélicos? O sucesso das novelas turcas indica que sim. Resta saber por quanto tempo a emissora vai ignorar números em nome de uma ideologia.





























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