Coadjuvantes brilham em 'Vale Tudo' e ajudam a movimentar a novela

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Com altos e baixos, "Vale Tudo" demorou, mas acabou por ganhar a atenção do público e fisgar uma audiência fiel que se apaixonou pelas armações e maldades de Odete Roitman (Deborah Bloch) e Maria de Fátima (Bella Campos) e pela luta de Raquel (Taís Araújo) para ascender socialmente através da honestidade.
No meio das tramoias das vilãs e da saga da heroína, alguns personagens conseguiram se sobressair e conquistar o espectador com suas subtramas graças ao talento de seus intérpretes. Ricardo Teodoro, Malu Galli, Belize Pombal e Ingrid Ghaiger que vivem respectivamente Olavo, Celina, Consuelo e Lucimar deram um tempero a mais novela, e tiveram mais destaque que na versão original.

Desde que surgiu na TV na minissérie "Queridos Amigos", Malu Galli acumula boas participações na teledramaturgia, como em "A Vida da Gente" e "Cheias de Charme", mas é na pele de Tia Celina que a atriz vive o momento de maior popularidade de sua carreira.
A mudança feita por Manuela Dias que acrescentou romances na vida da personagem ajudou bastante Malu a trabalhar outras facetas de Tia Celina, que é uma mulher de meia-idade mais identificável que Odete Roitman, que é marcada pela voracidade sexual. Com Tia Celina, Malu Galli mostra que está mais do que pronta para encarar sua primeira protagonista em novelas em um futuro trabalho na TV.

Belize Pombal é outra intérprete que ganhou a simpatia do espectador pela maneira como construiu a conservadora Consuelo. A atriz vem numa crescente desde que surgiu para o grande público em "Renascer" (2024). Em seguida, ela emplacou uma ótima performance em "Justiça 2" e agora rouba a cena em "Vale Tudo". Com uma pitada de humor e muitas expressões faciais, que viralizam nas redes sociais, Belize prova mais uma vez que não existe personagem pequeno.

Na lista de surpresas de "Vale Tudo" talvez a maior delas atenda pelo nome de Ricardo Teodoro. Em seu primeiro grande trabalho em novelas, o ator, premiado no cinema, conseguiu estabelecer uma ótima química com Cauã Reymond e Bella Campos, o que certamente foi decisivo para que o espaço de seu personagem Olavo, crescesse na novela.
No melhor estilo Pink e Cérebro, as malandragens de César e Olavo são um dos pontos altos do remake. Nas mãos de um ator menos intuitivo e esperto, Olavo seria mais um pilantra qualquer. Ricardo Teodoro deu mais vida ao personagem. Não será espanto para ninguém se a Globo propuser um novo contrato fixo para o ator, que merece uma longa carreira na TV.

Por último, Ingrid Gaigher conseguiu fazer uma Lucimar bem distante da personagem defendida por Maria Gladys em 1988. Colaborou para essa diferenciação a inserção da trama familiar de Lucimar, que teve que lutar pela pensão alimentícia do filho. Ingrid fez Lucimar ser a típica brasileira batalhadora, construindo um tipo bem popular e reconhecível, o que garantiu boas passagens na trama e arrebatou a atenção dos espectadores.





























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