Band precisa de estratégia para exibição de 'Beleza Fatal' não ser à toa
A Band confirmou que vai exibir em horário nobre "Beleza Fatal", primeira novela produzida pela plataforma de streaming Max. Isso é uma boa notícia?
A resposta depende da perspectiva adotada para analisar essa iniciativa. Por um lado, é muito bom que a emissora do Morumbi esteja se mexendo para conquistar mais audiência e oferecer um produto de qualidade para os espectadores.
Por outro lado, de nada vai adiantar esse esforço se a Band não estiver preparada para oferecer novas novelas e fidelizar o público a permanecer no canal na faixa das 20h30, horário em que "Beleza Fatal" será levada ao ar.
Há o projeto de produzir "Romaria" sob a direção de Jayme Monjardim, mas essa novela ainda não está em pré-produção e, certamente, não é uma opção para substituir "Beleza Fatal", que deve ficar no ar até início de maio.
"Beleza Fatal" reúne elementos que devem agradar os fãs de folhetins e possui um elenco formado por grandes estrelas que eram da Globo, como Camila Pitanga, Giovanna Antonelli, Camila Queiróz, Marcelo Serrado e Caio Blat.
Certamente, a novela vai gerar um burburinho e tem condições de roubar o terceiro lugar de audiência do SBT, que vive uma crise com a novelinha infantil "A Caverna Encantada".
Um eventual sucesso de "Beleza Fatal" na Band teria potencial de alavancar a programação noturna do canal. Mesmo que a produção alcance seus 5 pontos de média (um índice muito bom para Band), essa audiência será espantada, porque, logo após a novela, a emissora veicula o teleculto Show da Fé, que despeja um caminhão de dinheiro na emissora, mas que afugenta uma parcela considerável dos espectadores.
Enquanto não estiver livre de R.R Soares, todo investimento da Band para melhorar a faixa noturna pode ter um gosto agridoce.
Com o Show da Fé às 21h20, qualquer programa que for exibido antes pode conquistar números impressionantes no Ibope, mas isso não vai ressoar no restante da programação, porque ainda não inventaram um milagre para cultos evangélicos televisionados sejam atrativos para o grande público.
Opinião
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