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Pedro Antunes

Mano Brown é revelação do ano. Já pensou ele na vaga de Leifert no BBB 22?

Seria Mano Brown o maior comunicador do Brasil na atualidade? - Foto: Pedro Dimitrow | Montagem: Pedro Antunes
Seria Mano Brown o maior comunicador do Brasil na atualidade? Imagem: Foto: Pedro Dimitrow | Montagem: Pedro Antunes

Colunista do UOL

09/09/2021 21h22

A notícia que deixou o colunista da casa Chico Barney triste na noite desta quinta-feira é a saída de Tiago Leifert da TV Globo até o final deste ano. Com isso, está aberta a vaga de apresentador do BBB 22, o aguardadíssimo desde já reality da emissora.

Enquanto as apostas já começam as ser feitas, desde nomes óbvios como de Marcos Mion a outros não tão óbvios assim, caso de Márcio Garcia e até Pedro Bial, aparecem aqui e acolá

Peloamordedeus!

Leifert fez história no BBB porque, para ele, aquilo realmente era um game, um jogo tipo The Sims, no qual você pode controlar a vida cotidiana dos personagens.

Voltar para um Bial da vida ou apostar em alguém como Garcia seria perder uma parte importantíssima do BBB. O apresentador é a única comunicação dos participantes com o mundo exterior. É a ponte.

Já pensou se essa ponte fosse o Mano Brown?

Sim, estou jogando esta ideia no ar, vai que alguém gosta também.

Mesmo com seu jeitão sisudo, ele apresenta o podcast Mano a Mano e tem sido, até agora, fenomenal.

Sem ficar preso aos trejeitos do "jornalismo tipo TV Globo" de entrevista, Brown propõe um papo dinâmico, duro quando precisa, leve quando dá, mas sempre incisivo.

No "Mano a Mano", Brown dominou entrevistas muito plurais e exemplares, mesmo só com três episódios no ar.

No papo com Karol Conká, ele mostrou empatia. Soube dialogar muito bem com Dr. Drauzio Varella, no segundo episódio, e no terceiro e mais recente, arrancou do Lula a frase maravilhosa de que o ex-presidente gostaria de casar mais uma vez.

Ao todo serão 16 episódios. A quele que foram ao ar chegaram aos trending topics do Twitter e colocaram o podcast no topo do Spotify Brasil.

Por ser um sujeito que não dá tantas entrevistas, Mano é uma atração em si. E isso faz diferença no podcast. Não é qualquer um entrevistando essas personalidades, é Brown, com sua vivência e seu jeito de pensar que inspira gerações de rappers e jovens de periferia.

O bom desempenho (surpreendente, realmente) faz de Brown é o comunicador do ano, sem dúvida.

Já pensou ele comandando um jogo da discórdia? Alguém teria coragem de dizer: "Poxa, Mano Brown, eu gosto de todo mundo". Na segunda bronca dele, a dinâmica seria outra.

E aí de quem não entendesse as regras das provas de liderança ou pedisse para fumar um cigarro fora de hora. Ninguém moscaria e não perderíamos muito tempo com algumas questões menores dos participantes na interação com o apresentador.

Nenhum dos nomes apontados poderia oferecer algo tão diferente para o entretenimento da Globo quando Brown. Nem mesmo o queridinho Mion teria um leque de possibilidades tão inesperado.

Começo aqui a minha campanha Brown no BBB 22. Antes que alguém invente de colocar André Marques ali.

Durma com essa ideia, Boninho.

Você pode reclamar comigo aqui, no Instagram (@poantunes) ou no Twitter (também @poantunes).