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Pedro Antunes

Ansioso pelo álbum da Billie Eilish? Eis 7 motivos para acreditar no hype

Preparado para ficar ansioso pelo novo álbum da Billie Eilish? - Montagem: Pedro Antunes
Preparado para ficar ansioso pelo novo álbum da Billie Eilish? Imagem: Montagem: Pedro Antunes

Colunista do UOL

27/07/2021 17h23

Sem tempo?

  • Billie Eilish vai lançar o segundo álbum da carreira nesta sexta-feira, 30
  • Um disco aguardado, afinal, o que a jovem artista fará após ter conquistado o mundo com a estreia?
  • Ouvimos alguns singles, sabemos que tem uma bossa nova e mais alguns detalhes.
  • Aqui, listo outros motivos para você ficar ansioso pelo novo disco da norte-americana.

Assisti à Billie Eilish cantar ao vivo, em uma performance na arena do Chicago Bulls, nos Estados Unidos, em 2019. E foi profundamente impactante. Há tempos não testemunhava um show desses de mega produção, com cama voadora, luzes mil e adolescentes gritando que, ao mesmo tempo, trazia uma gigantesca capacidade de fazer a gente olhar para dentro.

Era uma apresentação enorme e intimista, sabe? Billie convidava a gente para seu mundinho, seu quarto, conhecer seus piores pesadelos enquanto ela fazia-nos visitar os nossos próprios quartos de infância recheados com os nossos fantasmas.

Expansivo e introspectivo. Uma loucura.

Dois anos passados (e uma pandemia ainda assombrando a humanidade), Billie Eilish ainda não tem idade para beber uma cerveja legalmente nos Estados Unidos (lá só é liberado somente para maiores 21 anos), mas irá lançar "Happier Than Ever", o segundo álbum cheio da carreira, na sexta (dia 30).

E sei como funciona o pop: alguns artistas alimentam mais hype do que possuem talento para mantê-lo. Cá estou aqui, corajosamente, sugerindo que você acredite nesta ansiedade em torno do próximo álbum de Billie.

Abaixo, dou sete motivos para contar os dias para a chegada de "Happier Than Ever":

Vida após o Grammy?

Billie Eilish completara 18 anos e, após conquistar o topo das paradas, arrebatar jornais como The New York Times e publicações especializadas, tal qual a Rolling Stone EUA, foi coroada pelo Grammy, também.

Na cerimônia em janeiro de 2020, Billie chegou com o álbum "When We All Fall Asleep, Where Do We Go?", eleito o melhor do ano pelo Grammy. Ela também ficou com os gramofones de Gravação, Música do Ano (com "Bad Guy") e Artista Revelação - o chamado Big Four. Ainda levou o prêmio de Melhor Performance Pop.

Vamos tratar mais de ocorridos na vida de Billie pós-Grammy, mas por aqui posso citar que:

  • Foi a mais jovem celebridade a entrar na lista de Top 100 da Forbes com lucros de US$ 53 milhões em 2020;
  • Venceu três prêmios Billboard Music Awards em 2020 (melhor artista feminina, melhor álbum do top 200 e artista revelação;
  • Lançou "Lo Vas a Olvidar", single em espanhol com Rosalía, parte da série aclamada da HBO "Euforia";
  • Estrelou o documentário "Billie Eilish: The World's a Little Blurry", disponível na Apple TV+
  • E ainda levou mais dois prêmios no Grammy realizado em 2021, com a música "Everything I Wanted"

Pouco? Ainda rolou a música do próximo filme do 007, que sequer estreou.

Seja quem você quiser

Vimos Billie Eilish chorar um líquido preto pelos olhos no mundo de pesadelos que é "When We All Fall Asleep, Where Do We Go?".

E, então, como parte da transformação que veremos a seguir, ela surge na capa da Vogue inglesa:

Na chamada da capa, Billie diz: "É sobre aquilo que faz você se sentir bem."

Libertador, certo? "Happier Than Never" tem esse sentimento? Possivelmente, sim. Explico mais no próximo tópico.

Uma Billie que sabe sorrir

O clipe de "Lost Cause" é um marco para esse pop emotivo capitaneado por Billie Eilish, porque apresenta uma artista que, depois de tratar de fantasmas do passado, também sabe sorrir.

"Lost Cause" é leve e apresenta uma Billie com amigas em uma festa só delas, enquanto canta sobre esse rapaz que é uma "causa perdida".

Divertido, sussurrado, leve.

Uma bossa nova vindo aí?

Se nada disso empolgou você, espere para saber que existe uma música chamada Billie Bossa Nova. Em entrevista à Madame Figaro a artista elencou alguns dos artistas ouvidos nos últimos tempos e que a influenciaram e, veja só, nosso Tom Jobim está ali.

"Também é inspirado na bossa nova de Tom Jobim. Todo esse mundo musical que existiu antes de mim e que nos deixou uma herança maravilhosa"

Um disco para o palco?

Como escrevi no início do texto, fui a Chicago em 2019 a convite da Choose Chicago (aliás, pessoal, sigo disponível para mais viagens assim que tomar minha segunda dose, ok?) e fiquei encantado com a força de Billie no palco.

Mas "When We All Fall Asleep, Where Do We Go?" precisava de uma contraparte ao vivo, algo que tirasse o show deste lugar soturno e fizesse o sol brilhar (principalmente em apresentações a céu aberto, em estádios e festivais grandes.

"Happier Than Ever" fará esse contraponto e ampliará o leque de possibilidades dela.

Todo segundo álbum é uma libertação

Existem dois caminhos para um artista que estoura com o primeiro disco. Romper com o que fez anteriormente, em uma tentativa de se manter livre artisticamente, ou seguir nos moldes do primeiro álbum porque aquela sonoridade ainda tinha lenha para queimar.

Billie faz parte deste primeiro time, ao que tudo indica, e isso é 12 vezes mais instigante. Sempre é ótimo ter uma resposta diferente para cada vez que rolar a pergunta: "Ótimo, e agora?".

O que vem depois do pesadelo?

Acho que esse é o ponto X de "Happier Than Ever". O que vem depois que Billie acorda de tantos sonhos intranquilos? Como é a vida áspera e, ao mesmo tempo, divertida?

É o que quero ouvir neste álbum.