Façamos nossa história: um 2025 de ótimas leituras a todos

Cada livro é um novo mistério. Podemos ter uma ideia do enredo, saber detalhes da história, conhecer bem o autor, dominar o seu estilo, reconhecer suas obsessões. Ainda assim, sempre que iniciamos uma leitura, um novo mundo nos aguarda.
Toda leitura é única. Quando relemos já não somos mais os mesmos de outros tempos, portanto há algum ineditismo mesmo quando revisitamos um livro já lido.
Leituras e releituras são cheias de surpresas. Aqui, valorizamos algum detalhe que havia passado despercebido quando éramos mais jovens. Ali, desbravamos um mundo até então desconhecido, percebemos as muitas possibilidades que temos de entendê-lo e de conectá-lo a diferentes aspectos de nossa vida.
Toda leitura é sustentada por, pelo menos, duas histórias: a que lemos e a da leitura enquanto ela acontece, da maneira como reagimos àquilo que lemos. A cada página, novas expectativas são criadas e o mundo se desdobra.
Algo semelhante ocorre ao escrever um livro. Apesar das muitas ideias na cabeça e dos muitos esboços no papel, é apenas durante a escrita em si que descobrimos o que realmente queremos dizer, quais histórias desejamos contar, quais são as muitas camadas daquilo sobre o qual nos debruçamos.
Em que pesem os mapas, é durante a caminhada que descobrimos de verdade por qual caminho almejamos seguir. Acertos e presepadas, correções, muitas reflexões e momentos de dúvidas, angústias, empolgação e desconfiança são partes da jornada.
Um livro fechado a ser lido ou um livro em branco a ser escrito possui lá suas semelhanças com um ano que começa, cheio de expectativas e mistérios.
Que seja um 2025 de ótimas leituras a todos.
RC
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.