Pare de reclamar do Big Brother e vá ler um livro!
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Eu me lembro. Houve um tempo em que pegava bem falar mal do Big Brother. Nesses papos, muitas vezes o detrator enchia a boca para sugerir que os telespectadores deixassem pra lá a casa cheia de gente que grita, briga e chora, que trocassem o então programa do Bial por um livro. Como se ler um livro fosse garantia de algo. Como se todas leituras fossem de Machados e Clarices da vida. Como se Meninos do Acre não existissem. Besteira. E, ainda que não fosse, sempre é possível aliar um mundo com o outro.
Mas o tempo passou e as coisas mudaram. Não sei exatamente quando os eixos capotaram ou o que aconteceu para tal. Só sei que hoje gostar de Big Brtoher virou um sinal de que a pessoa é descolada. O programa ganhou ares cult. Junto disso, o discurso de que alienação é bem-vinda e que todo mundo merece ter sua dose diária de tal tipo de entretenimento. Sem problemas. Não me enchendo, cada um faz o que quiser da vida.
Só que existem as redes sociais, né? Nelas, ninguém fica imune a nada. Daí que quando o cara de sapatênis surge na televisão, parece não existir outro assunto possível, especialmente para quem gosta de ficar rolando a tela do Twitter. E essa supremacia big brotheriana gerou um outro tipo de mala: o que agora fica na rede reclamando que as outras pessoas da rede só falam de Big Brother.
Sujeito chato que só. Ninguém precisa assistir ao troço, gostar dos Fiuks da vida, estar por dentro do que se passa na casa ou acompanhar o que dizem por aí a respeito dos confinados e do confinamento. Mas, por mais que seja um direito, o resmungo com um quê de superioridade não surtirá muito efeito. Não suporta Big Brother? Vai escutar um podcast, ver um filme, maratonar uma série, brincar com o cachorro, transar, fazer pão, passar raiva com o São Paulo, sei lá.
Ou adote o antigo bordão, também um conselho que davam antigamente aos fãs antes do programa virar cult: desligue a TV (e o computador, e o celular) e vá ler um livro.
Você pode me acompanhar também pelas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e Spotify.
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