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Marcelle Carvalho

REPORTAGEM

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'Tampa de isopor era a prancha', diz Ítalo Ferreira em série do Globoplay

Ítalo Ferreira tem trajetória contada no documentário produzido pela Globoplay - Divulgação/TV Globo
Ítalo Ferreira tem trajetória contada no documentário produzido pela Globoplay Imagem: Divulgação/TV Globo

Colunista do UOL

09/09/2021 14h55

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Há quase dois meses, a gente acordava com a notícia de que Ítalo Ferreira tinha feito história no surfe, ao se tornar o primeiro campeão olímpico no esporte, em Tóquio. A vibração do atleta contagiou não só quem estava lá, como também aqueles que assistiam pela TV as manobras do surfista. Com a medalha no peito, no topo mais alto do pódio, um filme deve ter passado na cabeça de Ítalo. Algumas cenas a gente vai conhecer nesta quinta-feira, no episódio dedicado ao surfista, exibido no documentário "É Ouro - O Brilho do Brasil em Tóquio", no Globoplay.

Vocês sabiam que a história do campeão olímpico começou a ser escrita em uma prancha de isopor? Sério! Natural de Baía Formosa, município no interior do Rio Grande do Norte, Ítalo sempre foi apaixonado pelo mar, mas não tinha dinheiro para comprar a tão sonhada prancha. Como é brasileiro e não desiste nunca, ele viu uma oportunidade de se lançar ao mar na tampa de isopor das caixas onde seu pai, Luiz Ferreira, guardava os peixes para vender.

Quando eu entrei no esporte e comecei a competir de verdade, eu tinha o sonho de ser campeão do mundo. Mas imaginava que estava muito distante por causa da minha realidade. A tampa do isopor realmente era a minha prancha quando eu comecei. Eu vi uma oportunidade no isopor, que era onde meu pai guardava os peixes que ele fornecia para os restaurantes da região", lembra o surfista.

medalhista olímpico - reprodução/TV Globo - reprodução/TV Globo
Ítalo Ferreira e a 'prancha' de isopor: tampa da caixa onde pai guardava peixe para vender tem a sua assinatura
Imagem: reprodução/TV Globo

O episódio mostra ainda a parceria do campeão com o outro brasileiro na disputa, Gabriel Medina, inclusive com imagens inéditas do encontro dos dois, após a disputa final e a consagração do potiguar.

Campeã de braçada

série olímpica - Divulgação/TV Globo - Divulgação/TV Globo
Ana Marcela Cunha: foco total para trazer para casa a medalha de ouro
Imagem: Divulgação/TV Globo

Quem também tem um episódio nesta quinta-feira para chamar de seu é Ana Marcela Cunha, nadadora baiana, vencedora da maratona aquática em Tóquio. Além de um depoimento exclusivo da campeã, a equipe do documentário ouviu os pais e a namorada dela, que acompanharam passo a passo a preparação da atleta para os Jogos.

Quem acompanha a trajetória da atleta sabe que ela chegou pronta no Japão, após os percalços de Jogos Olímpicos anteriores. Ana Marcela era uma adolescente quando estreou na Olimpíada de Pequim, há 13 anos. Na ocasião, ficou em quinto lugar. Não deixa de ser uma boa posição para quem estava debutando em uma competição mundial. Porém, não participou na de Londres (2012) e na do Rio (2016), não alcançou o pódio. Mas vale salientar que desde a última Olimpíada, a nadadora ganhou dois títulos mundiais e foi eleita a melhor maratonista aquática do planeta.

Portanto, faltava apenas uma façanha: o ouro, que veio no Japão. Competindo com o cabelo pintado nas cores verde e amarela, a esportista chegou para a prova mais importante da carreira consciente de que estava em seu auge.

Os episódios de Ítalo Ferreira e Ana Marcela Cunha, já estão disponíveis no Globoplay, assim como as histórias da ginasta Rebeca Andrade e do canoísta Isaquias Queiroz.

Vale a pena ver o quanto esses medalhistas caminharam até o topo mais alto do pódio!