Do terceirão pra novela das 21h: elenco de Vale Tudo sofre com despedida

Ler resumo da notícia
Alice Wegmann está chorando de saudade dos amiguinhos nos últimos dias de gravação de Vale Tudo, que acaba dia 17. Também, como temos acompanhado nos stories do pessoal no Instagram, tem coisa mais bacana do que gostar das pessoas que trabalham com você? Quer dizer, tem. Mas essa é boa também.
Vale Tudo começou quente nos bastidores com fofocas de arranca-rabo entre o núcleo principal. Talvez por isso mesmo, a outra parte do núcleo tenha se fechado numa amizade de infância. Nos camarins, eles deitam os pés no colo um do outro, conversam sobre bobagem e coisa séria, vão juntos ao samba, fazem piada entre si...
No elenco da novela, não tem vilão e mocinho que separem o que o ali foi unido. Me lembra muito aquelas relações de amizade eterna que se criam no Ensino Médio e culminam na formatura: lágrimas do pessoal do terceiro ano que garante que vai levar aqueles melhores amigos para a vida. A maioria já chega no trote da faculdade sem cumprir a promessa. Outros bancam mesmo e fazem a foto clássica de cada pré-Natal — e juram que a manutenção prolongada da amizade vale a pena.
Com colega de trabalho é diferente. Você se lembra como era acordar, se arrumar e sair felizão para trabalhar só porque ali era o lugar de encontrar a galera? Facilita demais o caminho para encarar as agruras do capitalismo.
Ontem, saindo do metrô, um homem e uma mulher com roupa social e crachás pendurados entravam na estação. Ela ria muito, de engasgar. Limpava a lágrima e ria mais. Ele fazia aquela cara de quem não estava se esforçando muito para ser engraçado. Devia estar. Eles falavam de alguém no trabalho? Será que estavam flertando? (Isso também é capaz de transformar a ida ao trabalho em um deleite.) Eu fui para casa pensando na sorte daqueles dois. E no elenco de Vale Tudo, em um grupão de WhatsApp, fazendo piada interna, jogando bolinha de papel na cabeça um do outro. E acolhendo quando chega a hora de dar uma choradinha no banheiro. Ninguém é de ferro.
Esse mês o pessoal do lugar mais legal em que já trabalhei vai marcar um reencontro. Não vai ser igual -- nunca mais vai ser. A casualidade da rotina pode ser muito rica para as relações. Mas os abraços, mesmo com o peso de décadas, ainda são idênticos. E a sorte de ter vivido (o terceirão, a vida, e um ambiente gostoso de se trabalhar) é para sempre.
Você pode discordar de mim no Instagram.




























Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.