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Luciana Bugni

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Sem sexo, quem sofre mais: Gil no BBB ou você, solteiro na pandemia?

Juliette e Gil dão selinho durante festa: tá difícil para todo mundo - Reprodução/Globoplay
Juliette e Gil dão selinho durante festa: tá difícil para todo mundo Imagem: Reprodução/Globoplay

Colunista do UOL

20/04/2021 09h30

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Gil deve voltar com tranquilidade do paredão de hoje com um problema apenas: segue sem transar.

Não é exclusividade do acadêmico o celibato amoroso nem na casa onde mora, nem no país inteiro. Tem solteiro para todo lado implorando ao vírus uma trégua para mandar ver qualquer papai e mamãe gostosinho seguido de uma conchinha. Saudade, né? Em muitas das janelas do prédio vizinho ao seu há alguém assistindo televisão sem transar há muito tempo. Se ele estiver isolado e você também... pode dar jogo.

Tem gente que reclama mais da falta de sexo, tem gente que não toca no assunto. Gil fala disso o tempo todo. E faz piada de si. E dá seus pulos: seduz Arthur de brincadeira um pouco aqui, dá um selinho em Juliette ali. E deu um beijaço em Lucas lá no começo — o mais quente da temporada, há de se deixar claro.

Arthur gosta das brincadeiras do amigo: parece ser do tipo que sente muito prazer em se sentir desejado. Se Gil gosta de seus músculos, ele já se sente melhor. Cada um tem um jeito de lidar com o tesão. Gil confessou inclusive que fica excitado ao fazer problemas de matemática. Quer coisa melhor do que canalizar a energia sexual represada para aquilo que seja produtivo? Queremos, claro: ter a energia sexual circulando livremente e ainda ser produtivo.

Uma ex-chefe dizia que gostava de trabalhar com gente que transa, porque tudo fluía melhor. Deve ser por isso que as relações de trabalho estão tão complicadas nessa quarentena.

Juliette e o fogo eterno

Fiuk tinha uma baguncinha com Thaís enquanto ela esteve na casa, mas o cantor parecia não ligar muito para isso. Tanto que, depois de uma folia embaixo do edredon, até chorou (de vergonha, de culpa?). Bastou ela sair, ele se voltou completamente para Juliette, num tal de "arrepiou" para cá, mão no peito para lá. A própria Juliette sofre com a abstinência, mas segue escapando de Fiuk com gritos de "xô, tentação". Tá ruim, mas não precisa ficar pior, né?

O jeito é fazer piada com o assunto. Juliette fazia isso com Rodolffo e ele escapava rindo. Pelo menos de paquera ela não está carente. Na pasmaceira sexual da vida atual, qualquer paixãozinha, mesmo que não concretizada, divertiria, né? Mesmo que só pela piada.

É melhor sensualizar sozinho?

Mas a dúvida persiste: antes isolado do que mal acompanhado? Passados mais de 400 dias de pandemia, quase todo mundo que estava desesperado pulou o próprio cercadinho para transar com alguém. "Valeu a pena?, perguntei para uma das minhas amigas mais corretinhas no isolamento. Ela disse que na hora, sim. Depois, foi mais complicado — 15 dias de sintomas de covid fantasma (era psicológico) e ghosting no celular. Vibradores não nos obrigam a passar por isso.

Esse é outro ponto: depois de tanto de tempo de pandemia, até a relação das mulheres com seus vibradores anda meio estremecida, como perdão do trocadilho. A ilustradora Ale Kalko descreve aqui os diálogos da mulher com seu aparelhinho após um ano de relacionamento sério. Não é só transar: cafuné também é gostoso demais e faz falta.

A falta de sexo deixa Gil triste. E a gente aqui fica triste também — ser livre sexualmente deveria ser natural. Que esse micróbio maldito vá embora logo, para a galera se organizar direitinho e todo mundo transar.

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