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'Música nacional não para em Tom Jobim': Luciana Mello sobre força do samba

Com uma carreira consolidada na música brasileira e filha de um dos maiores cantores da história de nosso país, Luciana Mello, 46, traçou um caminho próprio, sem se apoiar unicamente no nome de seu pai, o icônico Jair Rodrigues, 75. Em entrevista a esta coluna, ela compartilhou sua trajetória, suas referências e os desafios de ser uma artista autêntica.

Que sorte a minha ter crescido cercada de grandes músicos dentro da minha própria casa. Aprendi vendo e ouvindo de perto. Desde pequena, eu sabia que queria estar no palco. Cantar, dançar e atuar não eram apenas sonhos, eram parte de quem eu sou.

Desde a infância, Luciana esteve imersa no universo musical. Seu primeiro contato com os palcos foi ainda criança, e a paixão pela arte a levou a explorar vários lugares diferentes, como teatro e dança. Com o tempo, ela encontrou sua própria identidade musical, transitando entre samba, pop e MPB, sempre com uma marca pessoal inconfundível.

Luciana Mello
Luciana Mello Imagem: Divulgação

Na conversa, ela relembrou sua experiência no cenário musical brasileiro, destacando o impacto das mudanças no consumo de música e como fez para se adaptar à era digital. Falou também sobre a importância de valorizar a cultura nacional e sobre como os artistas brasileiros são reconhecidos lá fora, mas muitas vezes subestimados dentro do próprio país.

Lá fora, a nossa música é reverenciada, mas, aqui dentro, às vezes, a gente esquece de dar o devido valor. Hoje, a forma de consumir música mudou muito. Antes, pensávamos em álbuns inteiros, agora são singles, playlists? mas eu ainda gosto de contar uma história com minha música.

Outro destaque é seu mais recente projeto, Casa da Lu, uma celebração do samba e da representatividade feminina no gênero. O projeto reúne grandes nomes da música e busca evidenciar a força das mulheres no samba, um espaço historicamente dominado por homens. Além disso, Luciana pretende levar ainda mais sua música para além das fronteiras do Brasil.

O samba ainda é um espaço muito masculino, mas temos muitas mulheres incríveis que precisam ser ouvidas. O Casa da Lu nasceu para isso. Se as pessoas acham que a música brasileira parou no Tom Jobim, precisam conhecer a nova geração. Temos muito a mostrar para o mundo.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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