'Echo Valley': Julianne Moore estrela thriller familiar com Sydney Sweeney
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Um drama de família e um thriller, uma trama que traz a complicada relação entre uma mãe que tenta a todo custo ajudar sua jovem filha dependente de drogas e, ao mesmo tempo, lidar com a dor do luto, pois perdeu recentemente sua companheira de forma repentina.
"Echo Valley", dirigido por Michael Pierce (de "Mare of Easttown", "Beast" de 2017, e "Encontros", de 2021) é tudo isso. Na trama, Julianne Moore é Kate, essa mãe e mulher que tem de encontrar forças para, além de lidar com a filha Claire (Sydney Sweeney, de "Euphoria"), tem de lidar com o ex-marido (Kyle MacLachlan), um homem bem-sucedido e influente, que está cansado de ver sua ex fazer todas as vontades da filha deles, que manipula Kate a fim de conseguir dinheiro para sustentar o vício e o relacionamento com o namorado Ryan (Edmund Donovan), também dependente e envolvido com o chefe do tráfico local.
É justamente no encontro dos gêneros e dos desafios que Kate tem de encarar que está a força de uma trama que surpreende na mesma medida em que confirma clichês dos dramas de famílias complicadas, thrillers e suspenses.
Eu amei fazer esse filme porque, como atriz, eu sou completamente e sempre, atraída por dramas e intrigas de família. Porque eu acho que é nesse espação que nós vivemos nossas vidas
Julianne Moore em conversa com Splash UOL
No entanto, o drama de Kate, que vive em uma fazenda (antigo projeto dela e de sua finada companheira) e precisa continuar a dar aulas de equitação para poder pagar suas contas, vai além de superar o luto e encontrar a medida certa para não desistir de sua filha e nem ser refém da manipulação da garota eternamente.
Quando Claire passa a ser ameaçada pelo traficante Jackie (Domhnall Gleeson) e as ameaças se estendem à Kate, a trama dá uma guinada para o thriller e tudo se complica.
Eu sempre fui compelida pelos dramas humanos, mas depois percebi que, como atriz, adoro um thriller, e eu adoro ser surpreendida. Eu adoro quando há mudanças em um livro, em um filme. Adoro esse choque. Então, essa é uma combinação realmente maravilhosa para mim. Então, essa história, tão bem escrita, realmente me surpreendeu
Julianne Moore
Ainda que "Echo Valley" seja um filme em que a trama e suas reviravoltas são o que conduzem a narrativa, são os personagens que realmente valem à pena.
Julianne tem a capacidade de dar humanidade e nuances a uma personagem sobre quem pode se questionar a passividade diante da filha problemática e manipuladora. São os gestos, olhares e hesitações de Kate que nos dão elementos para acreditar no pavor que ela tem de que algo fatal possa acontecer à Claire. E são seus gestos que também dão verossimilhança à guinada que ela dá quando se vê ameaçada por Jackie e (talvez) sem esperanças em Claire.
Foi isso que me atraiu também na Kate. Quando você se conecta com um personagem em um filme é mais provável de que se importe com o dilema dele e não com a trama exterior ou com o gênero do filme em particular. Se eu só vejo coisas que são muita sequência de ação, muito exteriores, eu não me conecto, não me importo com acidentes de carro ou o que for. Mas se eu me importo com a pessoa no carro, então eu me conecto. É sempre, sempre sobre o personagem
Mas talvez o drama de Kate e o que nos conecte a ela e à trama de "Echo Valley" seja justamente seu desafio de encontrar sua força para encarar seu luto, a ameaça real de Jackie e o equilíbrio na sua relação com a filha, que é irritantemente bem interpretada por Sydney Sweeney.
É sempre um dilema para os pais encontrar a medida de como e quanto você ajuda seu filho. Quanto conselho você dá, até onde você provê e onde você deixa que eles tomem as decisões por si mesmos
É porque você quer fazer, você ama essa pessoa, você quer que eles sejam saudáveis, e felizes, e seguros. Então, nosso instinto é sempre o de se perguntar: "Como eu faço isso?". E ainda assim para que a pessoa cresça, eles precisam se sentir como se tivessem sua própria ação. Então, esse é o dilema de ser pai e mãe
Julianne, que também é mãe dos jovens Liv e Caleb
O filme está disponível na Apple TV+ a partir de 13 de junho. Sydney Sweeney, Domhall Gleeson e o diretor Michael Pierce também conversaram com Splash (assista ao vídeo do topo da página).
Acompanhe a análise sobre filme e mais destaques da entrevistas no episódio do podcast Plano Geral com Flavia Guerra e Vitor Búrigo.
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