Kléber Mendonça Filho não esperava dois prêmios: 'Momento fantástico'
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Kléber Mendonça Filho, 56, não esperava os prêmios que o filme "O Agente Secreto" recebeu em Cannes hoje. Kléber foi consagrado melhor diretor, e Wagner Moura o melhor ator desta edição do evento.
"É um momento fantástico, porque a semana em Cannes já foi muito intensa e muito bonita para o filme, a recepção a 'O Agente Secreto' foi muito forte, mas eu realmente não esperava dois prêmios", disse em entrevista exclusiva a esta colunista de Splash.
Ele ressaltou a felicidade por Moura, que não pôde receber o prêmio pessoalmente — o baiano está gravando o filme "11817" em Londres. "Um grande ator, um grande brasileiro, um grande amigo. Um ano atrás a gente tava ensaiando lá no Recife. E eu estou muito feliz, espero que os prêmios alavanquem o filme na consciência brasileira e que o filme seja muito visto no Brasil", disse.
Emocionado com a vitória, Kléber espera influenciar jovens cineastas brasileiros. "Eu já tive nessa situação de ser um menino que queria fazer cinema e eu acho que talvez um prêmio assim, gostando ou não do filme, possa [influenciar as pessoas a pensarem] 'Ah, não acho que é tão absurdo fazer cinema no Brasil, em Tocantins, em Brasília, no interior de São Paulo. Se eu levar um prêmio assim, pode estimular pessoas a quererem contar histórias".
O diretor também celebrou a vitória de "Foi só um Acidente", de Jafar Panahi, que levou a Palma de Ouro, prêmio máximo do festival. E encontrou um ponto de conversa entre o seu filme e o do iraniano:
Eles me parecem destaques interessantes na premiação, porque falam muito de violência do Estado.
Agora Kléber quer voltar para o Recife, matar a saudade dos filhos e do gato. "Tô com saudade de estar em casa sem fazer nada".
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