Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Cinco razões para o sucesso de 'Rensga Hits!'
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Prestes a disponibilizar seus dois últimos episódios no GloboPlay, "Rensga Hits!" virou um fenômeno de repercussão nas redes sociais. A série que acompanha uma jovem cantora que tenta a sorte no sertanejo poderia facilmente estar no horário nobre da Globo. E mais: tem fôlego para várias temporadas. A coluna decidiu refletir sobre as razões para o sucesso da produção e aqui vão cinco delas.
O universo sertanejo - Embora extremamente popular no Brasil, o gênero sertanejo não rendeu tantas produções na dramaturgia mostrando seus bastidores. Em "Rensga" os bastidores, tramoias e fórmulas das músicas são explorados de maneira divertida. Isso fica bem claro quando os personagens declaram que o ritmo é composto de chifre, cachaça e sofrência. A ambientação em Goiás também cai como uma luva.
O elenco afinado - As protagonistas Alice Wegmann - que já se provou uma das atrizes mais cheias de recursos de sua geração - e Lorena Comparato são um acerto imenso. A tensão e a química entre suas personagens são explícitas. Mas "Rensga" depende também de coadjuvantes poderosos e, nesse sentido, pode-se dizer que não há ator fora do tom. Fabiana Karla captou perfeitamente a essência da empresária ostentadora e ambiciosa que interpreta; Deborah Secco surge masculinizada e sem vaidade. Jeniffer Dias pode ser considerada desde já uma grande revelação. Já Tia Má, muito popular pelo trabalho na internet, dá um banho de carisma.
Questões sociais - Apesar de muito popular, o sertanejo tem tabus ainda a serem discutidos - e "Rensga Hits!" toca em boa parte deles. Um cantor afirmadamente homossexual vira uma grande questão na trama - e o trabalho sensível de Samuel de Assis e Alejandro Claveaux deixa tudo ainda mais delicado. A dupla Theo & Thamires, vivida por Sidney Santiago Kuanza e Jeniffer Dias também levantam uma pauta bem óbvia sobre representatividade: afinal, por que não temos muitos cantores negros no gênero?
O empoderamento feminino - O seriado poderia seguir o caminho simplista de apostar na rivalidade entre mulheres, mas adiciona muitas outras camadas. A relação entre as protagonistas vai do amor à compaixão de maneira intensa. As questões sobre abandono paterno e diferença salarial entre gêneros também são abordadas, o que só deixa toda a temática ainda mais atual.
A música - Apesar de ter sucessos de nomes como Maiara e Maraisa e Marília Mendonça na trilha sonora, é nas canções originais que a série arrasa. Boa parte dos sucessos dos personagens é um chiclete e parece pronta para o mercado fonográfico, o que só prova que os roteiristas parecem ter descoberto a fórmula dos hits dessa categoria. Alice Wegmann, Jennifer Dias e Lorena Comparato também têm vozes muito potentes e deixam as músicas ainda mais cativantes.
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