Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Jô Soares era a rara definição de artista completo em todas as áreas
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Jô Soares conseguiu um feito raro ao longo dos mais de 60 anos de carreira. Ao contrário da maior parte dos artistas do país, ele, que morreu nesta sexta-feira, aos 84 anos, provou ser bom em todas as áreas nas quais se arriscou. E conseguiu sucesso sem questionamentos. Jô foi ator, emplacou personagens icônicos como Capitão Gay, esteve em produções lendárias como "Família Trapo", na qual viveu Gordon. Também foi roteirista e assinou atrações cultuadas como "O Planeta dos Homens" e "Faça Humor, Não Faça Guerra".
Na televisão, estrelou humorísticos que permeiam até hoje o imaginário nacional, como "Viva o Gordo" e "Veja o Gordo". Depois de alcançar o sucesso no humor, decidiu fazer a transição de carreira e trazer para o país o formato de talk show, até então tão americano. "Jô Soares Onze e Meia" deu tão certo que abriu caminhos para outros programas no ar até hoje, como "Conversa com Bial" e "The Noite".
No teatro, subiu ao palco como ator, mas também emplacou enormes sucessos como diretor. Na música lançou discos em parceria com os colegas do sexteto - além de tudo, Jô tocava diversos instrumentos, como bongô e trompete. Na literatura, seus livros viraram best sellers, sem exceção, com "O Xangô de Baker Street" levado ao cinema. Nas artes plásticas, também pintava. E tinha por hobby cortar os cabelos dos amigos.
Num país que normalmente estranha atores que tentam enveredar por outras áreas, Jô Soares conseguiu sucesso em tudo a que se propôs. Virou grande exceção à regra, muito porque fazia bem tudo em que se arriscava. O legado construído pelo ator, roteirista, humorista, escritor, músico, diretor, pintor é inestimável.
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