Possibilidade de Regina Duarte contornar erro e voltar à Globo é remota
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Resumo da notícia
- Atriz rompeu contrato após 50 anos na emissora e ficou menos de três meses no governo
- Até hoje Regina Duarte não foi nomeada para cargo na Cinemateca prometido por Jair Bolsonaro
- Volta às novelas da Globo deve encontrar empecilho em antiga regra da empresa
Em 2013, num dos eventos de lançamento da programação da Globo, Carlos Henrique Schroeder, que tinha acabado de assumir a direção geral da emissora, em conversa com este colunista que vos fala, falou sobre a situação de Tom Cavalcante, que tinha deixado a Record. Na época, ele foi categórico. Afirmou que a Globo não tem problemas com artistas que deixam a empresa quando seus contratos chegam ao fim e decidem não renová-los. A questão, segundo ele, era quem rompia com o compromisso ainda vigente. Esses não voltam. Não por acaso, Tom emplacou projetos em canais do grupo Globo, como o Multishow, mas, mesmo com a intervenção de amigos como Fausto Silva e Roberto Carlos, não assinou contrato longo com a antiga casa. Fez apenas participações.
Considerando que a regra ainda valha para os dias de hoje, ela tornará remota a possibilidade de Regina Duarte voltar à emissora. Como Ricardo Feltrin publicou em sua coluna, a atriz sinalizou a amigos a vontade de retornar às novelas. Regina tem história. Estrelou clássicos como "Selva de Pedra" (1972), "Roque Santeiro" (1985) e "Rainha da Sucata" (1990). Não por acaso, após a rescisão do vínculo, foi praticamente limada do material de divulgação de "Vale Tudo" (1988), no GloboPlay.
Há duas semanas, nas redes sociais começaram a circular rumores de que Regina teria sido escalada para a próxima novela de Gloria Perez, prevista para o fim de 2022. A autora se apressou em desmentir, por meio do Twitter: "Para quem está perguntando: o elenco da minha novela já está definido e Regina Duarte, excelente atriz, não está escalada. É fake news".
Ao decidir romper com uma parceria de trabalho de 50 anos, Regina talvez não tenha avaliado a real extensão dos danos que a entrada no mundo político poderia causar à sua imagem. Seu tempo à frente da Secretaria de Cultura durou menos de três meses. O cargo na Cinemateca, prometido por Jair Bolsonaro, nunca veio. Seus pares no mundo artístico, que protestaram cobrando ações no tempo em que ela esteve no governo, seguiram criticando suas escolhas. Talvez a atriz tenha cometido o maior erro de sua carreira ao deixar a Globo. Resta saber se ela abrirá um novo caminho como exceção e será perdoada por rescindir contrato.
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