Boninho transformou o BBB em esquema de pirâmide? Entenda

Quando o BBB não era exatamente a atração mais cool do planeta, poucos artistas se dispunham a realmente confessar que amavam o reality. De bate-pronto, me vêm à cabeça a sempre destemida Deborah Secco.

Mas a vigésima edição renovou a moral do programa no metiê artístico. A repercussão devastadora virou uma janela para famosos brilharem sem os empecilhos confinamento.

Existem dois grupos. O mais comum é formado por aqueles com senso de oportunidade, que mesmo particular apreço pelo formato, aproveitam o período para comentar e entrar em evidência.

O outro é ainda mais fascinante: artistas que possuem algum relacionamento com os participantes e se tornam líderes de torcida.

É o que chamo de Fator Bruna Marquezine: a Globo contratou Manu Gavassi na temporada passada e conquistou organicamente, pelo menos até onde se sabe, o engajamento de amigos extremamente populares nas redes sociais.

Ter uma influenciadora com o poderio bélico de Marquezine puxando mutirões e dando opinião a respeito do BBB foi uma tacada de mestre. Estabeleceu uma conexão muito mais profunda que a do mero entusiasta. Era uma peça do jogo.

Boninho faz o possível para não só replicar o modelo, mas expandi-lo em escala e contundência. Basta ver a quantidade de amigas da Anitta, a presença do ex-marido da Rafa Kalimann, o que também garante uma coesão narrativa de fazer inveja ao Universo Cinematográfico da Marvel, e o volume de seguidores que a estelar família do Fiuk ostenta.

É como se fosse um grande esquema de pirâmide: uma celebridade confinada arrasta outras celebridades para repercutir o programa e, consequentemente, servem como alavanca para a comoção popular. A julgar pelo BBB 20, o sistema funciona.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.