Tiago Leifert tem razão: o Twitter é um ambiente tóxico durante o BBB

Sou um dos maiores entusiastas do Twitter que você conhece, caro leitor. Frequento aquele aprazível espaço há muitos anos e áreas importantes da minha vida se confundem com essa jornada por lá.
Então posso dizer que não detesto a "rede social do passarinho" como Tiago Leifert. Muito pelo contrário. Mas não dá para negar que ele tem razão quando reclama dos aspectos tóxicos do site, especialmente durante o BBB.
Todo o ecossistema que comenta reality show ganha um alcance gigantesco quando o BBB está no ar. De maneira ainda mais intensa do que em outras plataformas, o Twitter é beneficiado pela precisão das reações ao vivo. É a caixa de comentários da TV, em um momento que tem coisa boa passando na TV quase que 24 horas por dia.
E isso faz com que muita gente sem noção saia de sei lá onde para azucrinar quem pensa diferente. Não são simplesmente críticas ou mensagens deselegantes. É puro ódio, destilado com alegria por pessoas com avatares de desenho japonês, cantora pop ou qualquer outra moda da estação.
Quanto mais sucesso a temporada faz, mais intensos são os ataques. E escrevo isso com a tranquilidade de quem já passou por poucas e boas, mas estou surpreso com a virulência crescente de setores mais radicais, especialmente das torcidas organizadas em torno dos participantes.
Outra verdade inconveniente é que a própria dinâmica do programa alimenta esses núcleos. Com a possibilidade de votar quantas vezes quiser, esses trolls se organizam para atacar supostos adversários e votar milhares de vezes em bloco.
Isso garante recordes como o paredão entre Manu e Prior, mas também ajuda a piorar a qualidade do clima entre os fãs do entretenimento. Se a Globo optasse por fazer um voto por CPF, talvez as coisas estivessem mais tranquilas na internet —e Leifert não precisaria criar um safe space exclusivo para seus seguidores.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.