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Projeto Escadas para Nuvens abre edital para artistas periféricos

Artistas de rua normalmente usam spray e tinta como suas ferramentas. Com painéis digitais, as possibilidades e o número de artistas que podem ampliar sua atuação na street art aumentam. A plataforma Escadas para Nuvens oferece a possibilidade de artistas exporem seus materiais não nas paredes, mas em um mural tecnológico.

Projeto Escadas para Nuvens
Projeto Escadas para Nuvens Imagem: Cacá Bernardes

O espaço de exposição fica na EMEF Luiz Gonzaga do Nascimento Jr., mais conhecida como Gonzaguinha, em Heliópolis, maior favela de São Paulo. O projeto comporta além de um mural digital com obras de artistas da comunidade, uma torre com rede WiFi de grande alcance e a realização de oficinas de tecnologia e criação.

Artistas e coletivos já podem se inscrever para o edital até o dia 11 de maio, às 18h. Os inscritos devem ser originários de territórios periféricos da cidade de São Paulo para integrar a programação do Mural Digital. A iniciativa inicia a temporada 2025 do projeto, que tem como tema a relação desses artistas com seus próprios territórios e identidades. A convocação é direcionada a artistas visuais, cineastas, fotógrafos, designers, videomakers, grafiteiros, pintores, performers, artistas, arte-educadores, estudantes, profissionais de computação gráfica, entre outros.

Projetada em um painel de LED, essa galeria contempla trabalhos de diversas linguagens, desde audiovisual e grafite até dança e literatura. A primeira temporada do projeto contou inteiramente com artistas de Heliópolis. Dessa vez, o edital é aberto a todas as periferias da capital paulista. Serão selecionadas 12 obras inéditas, sendo seis da comunidade de Heliópolis e seis de outros territórios da cidade. Os artistas selecionados recebem o valor bruto de R$ 2.000,00 pela participação.

Proposta pela artista Bruna Lessa, com produção da Bruta Flor Filmes, a iniciativa tem por objetivo enfrentar a desigualdade digital e explorar como a arte pode impulsionar atividades cidadãs em comunidades periféricas. O projeto entende que o acesso e difusão da arte em territórios menos favorecidos é um dos principais passos para diminuição dos abismos sociais e culturais e também uma forma de diminuir a vulnerabilidade dos jovens.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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