Príncipe William faz 43 anos sob tensão real e ausência da esposa Kate

A discussão do real estado de saúde do rei, ainda em tratamento contra um câncer não esclarecido, combinada com o afastamento de sua esposa, Princesa Catherine, também diagnosticada com a doença, colocaram William sob os holofotes como nunca antes. Enquanto a saúde do pai segue sendo tratada com um misto de transparência e cautela pelo Palácio de Buckingham, é a condição da princesa de Gales que tem mobilizado, com cada vez mais intensidade, a imprensa, as redes sociais e o imaginário coletivo britânico.

O sumiço de Kate e a nova onda de boatos

Após o anúncio público de seu diagnóstico de câncer em 2024, Kate praticamente retirou-se da vida pública para focar na recuperação. A decisão gerou muita fofoca, mas eventualmente foi compreendida - e amplamente respeitada — pela maioria da população, sobretudo após o vídeo divulgado pela princesa em que ela mesma revela sua luta. No entanto, a nova onda de teorias da conspiração ganhou novo fôlego nos últimos dias quando o Palácio anunciou, de última hora, que Kate não compareceria ao evento de Ascot nesta semana, mesmo após sua breve aparição pública no Trooping the Colour de 2025 ao lado do marido e dos filhos.

Esperava-se que, após esse retorno simbólico, Kate Middleton voltasse com maior fôlego aos compromissos oficiais. Sua ausência repentina, depois de anunciada, reacendeu rumores infundados nas redes sociais sobre a gravidade de sua doença.

William, por sua vez, tem mantido uma postura contida, cuidadosa e claramente emocional em relação ao assunto. Em compromissos oficiais, já agradeceu publicamente as manifestações de carinho que ele e Kate vêm recebendo. Mas é evidente o peso que carrega ao tentar proteger a privacidade da esposa, manter o equilíbrio emocional dos três filhos pequenos e, ao mesmo tempo, sustentar a imagem da monarquia em meio ao vácuo institucional deixado pela ausência dos dois principais rostos da realeza. Sem esquecer do drama com irmão, Harry, e a cunhada, Meghan Markle.

Pressão crescente pela sucessão

Enquanto Charles III se mantém, por ora, no trono, há uma movimentação silenciosa — e cada vez menos disfarçada — entre a opinião pública britânica e até mesmo entre observadores monárquicos de que William poderá assumir o posto de rei mais cedo do que o esperado. A possibilidade de uma abdicação do rei, embora oficialmente descartada, não é considerada impensável diante das circunstâncias médicas e da idade do monarca, que completa 76 anos em novembro.

William já vem, há meses, assumindo boa parte das funções reais - de visitas a hospitais e instituições sociais a compromissos diplomáticos com chefes de Estado estrangeiros. Sua presença constante tem sido interpretada como um ensaio informal para a liderança que virá. Mas, para além das funções cerimoniais, o príncipe tem diante de si um desafio mais espinhoso: reconquistar a confiança de uma opinião pública dividida, que questiona o sentido da monarquia em pleno século 21, e fazer isso num ambiente de escândalos, distanciamentos familiares e redes sociais vorazes.

Família fraturada

As feridas familiares com o irmão Harry seguem abertas. Desde o lançamento do livro Spare, em 2023, William nunca comentou publicamente as acusações feitas pelo irmão mais novo — que variam de desavenças pessoais a críticas ao suposto favoritismo institucional e ao tratamento da imprensa. Fontes próximas à família indicam que os irmãos não têm qualquer contato direto há anos, e que não há previsão de reconciliação, especialmente após as recentes declarações de Harry sobre a segurança de sua família no Reino Unido e sua decisão de manter residência fixa nos EUA.

Esse afastamento não é apenas emocional — ele tem repercussões públicas. A imagem da "nova geração" da monarquia, representada por William, Kate, Harry e Meghan, foi um dos pilares da renovação da Casa Real nos anos 2010. Hoje, esse núcleo está em ruínas, o que aumenta ainda mais o peso sobre William como herdeiro solitário — tanto da coroa quanto da esperança de continuidade institucional.

Um futuro incerto

Neste aniversário, William tem pouco tempo para celebrações. Embora apareça sempre sereno e educado diante das câmeras, está claro que carrega um fardo que cresce a cada ano: o de liderar uma monarquia que envelhece, enquanto os olhos do mundo esperam dele não apenas resiliência, mas também renovação. O desafio é, talvez, maior do que aquele enfrentado por seu pai. E, à diferença de Charles, William sabe que o tempo está correndo — não só para ele, mas para o próprio futuro da instituição que um dia herdará.