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O Lago dos Cisnes volta ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Por: Ana Claudia Paixão - via Miscelana

Seja no Rio, ou em São Paulo, O Lago dos Cisnes é o balé para se ver. Na capital carioca, com ingressos esgotados e transmissão gratuita ao ar livre, balé retorna ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro emocionando plateias - dentro e fora do teatro. O balé composto por Tchaikovsky há 150 anos abre a programação do Balé do Municipal com um elenco inteiramente formado por artistas brasileiros, incluindo talentos que têm se destacado no exterior, como Mayara Magri (Royal Ballet de Londres) e Victor Caixeta (Ballet de Viena).

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Imagem: Reprodução

Desde a primeira montagem no palco do Municipal, em 1959 - hoje considerada histórica -, a obra encanta gerações. Em 2024, o sucesso retumbante da reapresentação foi tamanho que o espetáculo ganhou projeção em um telão na Avenida Treze de Maio, em sessão aberta ao público. Agora, esse retorno reafirma o lugar de O Lago dos Cisnes como uma das peças mais emblemáticas do repertório clássico mundial.

Sob regência de Javier Logioia Orbe, a produção atual tem assinatura de Hélio Bejani e Jorge Texeira, baseada na versão original de Marius Petipa e Lev Ivanov, com direção geral de Bejani. Patrocinada pela Petrobras, esta nova série de récitas marca também a estreia no palco do Municipal de três nomes de peso: Mayara Magri, Victor Caixeta e Paulo Vitor Rodrigues — todos emocionados com a conquista.

Paulo Vitor, que já interpretou o balé nos Estados Unidos, com o Joffrey Ballet, e também em São Paulo, agora viverá o príncipe Siegfried ao lado de um dos grandes talentos locais, a bailarina Marcella Borges. Ele não esconde a empolgação: "Estou realizando um sonho. É uma enorme realização para qualquer bailarino brasileiro dançar no maior teatro do Brasil", disse ele, ainda nos bastidores do último ensaio antes da estreia.

Já para Mayara Magri e Victor Caixeta, que vieram da Europa direto para os ensaios, o desafio foi aprender tudo em menos de uma semana — inclusive dançando juntos, ainda que já tivessem feito parceria anteriormente. "Essa é a sexta versão que danço do Lago", brinca Victor. "Eu escuto a música e meu corpo lembra de outra coisa", ri, agradecendo a paciência da ensaiadora que os guiou nos ajustes em tempo recorde.

Os ingressos para as récitas estão esgotados, mas o público poderá assistir gratuitamente à apresentação nos dias 16 e 17 de maio, por meio de um telão instalado no Boulevard da Avenida Treze de Maio. Serão distribuídas 150 senhas por dia, uma hora antes da sessão. É a chance ideal de vivenciar a magia do balé mesmo fora dos salões dourados do teatro.

Ao todo, serão dez apresentações abertas ao público (14, 15, 16, 17, 18, 20, 21, 22, 23 e 24 de maio) e uma sessão especial para o Projeto Escola, no dia 25. No elenco principal, além dos convidados internacionais, estão nomes como Juliana Valadão, Cícero Gomes, Manuela Roçado, Marcella Borges e Rodrigo Hermesmeyer, em um revezamento de protagonistas que promete novas nuances a cada noite.

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Um espetáculo que se reinventa a cada récita — e confirma por que, 150 anos depois, o cisne ainda reina absoluto nos palcos.

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Imagem: Divulgação

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BOL

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