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Os ciclos do sucesso na música brasileira: da rádio às redes sociais

Por: Anderson Ricardo

O sucesso na música brasileira sempre esteve ligado aos meios de comunicação predominantes em cada época. Se antes o caminho para a fama passava pelas rádios e TVs, hoje as redes sociais dominam o jogo. Mas essa transformação não aconteceu da noite para o dia. Vamos entender como os artistas chegaram ao estrelato em cada momento da nossa história e como, hoje, talento e criatividade são mais valiosos do que um grande investimento financeiro.

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Imagem: Reprodução

A era das rádios (anos 80)

Nos anos 80, quem dominava as rádios dominava o Brasil. Ter uma música tocando incessantemente era o passaporte para a fama. Os radialistas tinham poder de decisão sobre quais artistas ganhariam visibilidade, e os ouvintes eram guiados pelo que tocava nas grandes emissoras. Era um período em que relações no meio radiofônico e estratégias de divulgação eram determinantes.

A força da televisão (anos 90)

Nos anos 90, a TV se tornou o grande palco dos artistas. Programas como "Domingão do Faustão", "Gugu" e "Xuxa" eram vitrines para quem queria ganhar o Brasil. Estar na TV significava ser reconhecido nas ruas e alavancar a venda de CDs e shows. Quem mais aparecia na tela grande era quem conquistava o público e as marcas.

A era dos CDs e DVDs (anos 2000)

Com o início dos anos 2000, a indústria fonográfica passou a medir o sucesso em vendas de CDs e DVDs. Artistas como Zezé Di Camargo & Luciano e Bruno & Marrone atingiram números históricos. Quem vendia mais, dominava o mercado. O público era cativado pelo espetáculo de grandes lançamentos, e os DVDs se tornaram eventos à parte, impulsionando carreiras.

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A revolução da internet e das redes sociais (atualidade)

Nos últimos anos, assistimos à maior transformação do mercado musical. Hoje, quem sabe criar conteúdo e gerar engajamento no digital consegue alcançar milhões sem precisar de um grande orçamento. O TikTok, Instagram e YouTube se tornaram as novas vitrines do sucesso. Artistas como Ana Castela, Luan Pereira e os fenômenos do trap surgiram da internet, provando que a nova moeda do mercado é a criatividade.

O novo jogo: Coragem e criatividade acima do dinheiro

Durante muito tempo, venderam a ideia de que para estourar era preciso ter milhões de reais. Hoje, a equação mudou. O artista precisa de um investimento, mas não necessariamente de cifras astronômicas. O mais importante é entender as estratégias corretas, aplicar um bom conteúdo e saber transitar entre o mundo online e offline. O método da Multiplicação da Presença (MDP), por exemplo, ensina como criar ações estratégicas que amplificam a visibilidade de um artista sem desperdício de dinheiro.

As redes sociais democratizaram o acesso ao público. Qualquer artista, de qualquer lugar do Brasil, pode viralizar e se tornar uma estrela da noite para o dia. Mas isso exige estratégia e constância. O artista precisa criar conteúdo relevante, ser ativo, interagir com sua audiência e entender que sua carreira não é só sobre música, mas também sobre presença digital.

O sucesso na música brasileira sempre mudou de acordo com os tempos e as tecnologias disponíveis. Antes, bastava tocar nas rádios, aparecer na TV ou vender CDs. Hoje, o artista precisa estar conectado, ser autêntico e dominar as ferramentas digitais. É um momento único para quem sonha em viver de música. O jogo mudou, e quem souber jogar com criatividade e estratégia tem mais chances de vencer.

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Imagem: Divulgação

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BOL

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