"Os Bons Companheiros" permanece um clássico do cinema, um testemunho da maestria de Martin Scorsese e um olhar profundo e perturbador sobre a vida na máfia americana.
Sendo assim, não é nada surpreendente saber que o longa é um dos favoritos de Guillermo del Toro, um dos grandes nomes da geração atual de cineastas.
A trama conta a história de Henry Hill (Ray Liotta), um garoto do Brooklyn que sonhava em ser gângster desde os 11 anos.
Baseado no livro "Wiseguy" de Nicholas Pileggi, que também co-roteirizou o longa, o filme mergulha na vida de Henry, que se torna protegido do mafioso James "Jimmy" Conway (Robert De Niro).
Durante mais de vinte anos, Henry ascende no mundo do crime, casando-se com Karen Hill (Loraine Bracco) e se envolvendo em tráfico de drogas, grandes roubos e atividades criminosas.
Originalmente, o filme seria intitulado "Wiseguy", mas foi alterado para evitar confusões com outro filme da época.
Scorsese, conhecido por seu detalhismo, incluiu seus pais, Catherine e Charles Scorsese, em pequenas participações, adicionando um toque pessoal ao filme.
A violência em "Os Bons Companheiros" é notável, mas o que realmente choca é a representação de pessoas comuns e instáveis sendo mortas.
Comparado a outros filmes violentos de 1990, "Os Bons Companheiros" tem menos mortes, mas as cenas de assassinato são profundamente impactantes.
A popularização do termo "fucking" e suas variações no filme -- mais de 300 ocorrências-- contribuiu para sua fama e autenticidade na retratação do estilo de vida dos mafiosos.
A produção também enfrentou desafios e peculiaridades.
Por exemplo, a inclusão de elementos reais da vida de Henry Hill, que viveu até 2012 e deu várias entrevistas sobre suas experiências.
"Os Bons Companheiros", de Martin Scorsese, está disponível no Max.