Comumente retratados em filmes e séries, como "Game Of Thrones" e "House of the Dragon", os dragões sempre trazem o mesmo debate para as redes sociais.
Afinal, será que eles já existiram na terra? Se sim, como eles seriam?
Do ponto de vista científico, os dragões nunca existiram, pelo menos do modo como são conhecidos: um animal voador e que cospe fogo.
Mas a ciência aponta alguns animais que possuem características semelhantes àquelas presentes nos folclores.
Um exemplo clássico é o Dragão de Komodo (Varanus komodoensis), o maior lagarto do mundo, que é nativo da Indonésia.
Carnívoro e venenoso, o animal pode chegar a três metros de comprimento e pesar mais de 130 kg. Eles são tão temidos que, em seu habitat natural, são eles os 'reis' da cadeia alimentar.
Há ainda o dragão-voador (Draco volans), uma espécie de réptil de pequeno porte que pode planar no ar.
Milly Alcock e Paddy Considine
Estes são comuns nas florestas do Sudeste Asiático e lembram os famosos dragões da Daenerys Targaryen quando ainda eram filhotes. Mas os reais não soltam fogo pela boca.
Se os dragões nunca existiram de fato, então de onde o ser humano 'tirou' isso?
O antropólogo David E. Jones indica que o ser humano pode ter "gerado" a imagem de um dragão por meio de memórias guardadas em seu inconsciente e que vieram do mesmo ancestral dos macacos.
No livro "An Instinct for Dragons", David diz que os macacos-vervets, por exemplo, enfrentam três tipos de predadores na Savana Africana:
Cobras, aves de rapina e grandes felinos, que despertam um determinado tipo de alerta.
Desse modo, Jones acredita que a imagem do dragão seria uma junção desses três medos, que os ancestrais dos humanos ainda estariam guardando até hoje, de forma inconsciente.
O dragão, portanto, carregaria as escamas da cobra, as asas das aves e as garras e dentes de um felino.