É possível comprovar com filme e uma estatueta do Oscar o fato de que Anthony Hopkins é o pai mais importante da história do cinema.
Hoje com 86 anos, o ator estrelou "Meu Pai" em 2019 e, mais uma vez, sua atuação falou alto: interpretou o protagonista chamado Anthony e conquistou o Oscar de Melhor Ator.
É comovente ver o longa que segue os dramas de um idoso que sofre de demência. Após dispensar sua cuidadora, Anthony se recusa a aceitar ajuda da filha Annie.
Com a idade avançada, ele começa a perder a noção do que é real, enfrentando memórias esquecidas e momentos de lucidez, o que o leva a duvidar de seus entes queridos e da própria realidade.
A vitória de Hopkins no Oscar foi uma consagração de seu trabalho e uma marca no audiovisual.
Ele se tornou a pessoa mais velha a receber o prêmio na categoria de Melhor Ator aos 83 anos, quebrando o recorde de Henry Fonda.
"Meu Pai", em 2020, também conquistou o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado, escrito pelo diretor Florian Zeller em colaboração com Christopher Hampton.
Teve, também, outras quatro indicações, incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz Coadjuvante para Olivia Colman.
Curiosamente, o protagonista do filme, Anthony, compartilha o mesmo nome e data de nascimento do ator, uma escolha intencional do diretor Florian Zeller para dar mais realismo à trama.
Zeller, além de dirigir e co-escrever o roteiro, é o dramaturgo da peça original "Le Père", que inspirou o filme e estreou nos palcos parisienses em 2012, recebendo o Prêmio Molière de Melhor Espetáculo.
Durante as filmagens, Hopkins contribuiu com uma sugestão musical: a ária da ópera "Les Pêcheurs de Perles" de Georges Bizet, que ele adorava.
Zeller incorporou a peça no filme, adicionando uma camada pessoal à atuação de Hopkins, que passou dias tentando tocar a melodia em um piano -- memória que ele compartilhou com o diretor.