Para tratar de "Divertida Mente 2" além da animação deliciosa que faz o público rir e chorar, vale uma consideração sobre o estado ansioso do mundo -- principalmente do brasileiro.
Divulgação / Disney / Pixar
Já virou clichê e é consenso afirmar que a ansiedade é o mal da sociedade contemporânea. E o Brasil não fica, infelizmente, atrás quando esse é o assunto.
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Segundo o último levantamento global da OMS sobre transtornos mentais, o Brasil é o país com o maior número de pessoas que sofrem do transtorno de ansiedade.
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São cerca de 9,3% da população com ansiedade caracterizada como patológica.
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Dito isso, se fôssemos literalmente desenhar o bichão da ansiedade, talvez o resultado fosse uma criatura medonha, gosmenta, talvez verde, de olhos esbugalhados, irritada e irritante.
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E como achar graça e ter afeto por esta emoção tão ambígua? E como, então, levar a ansiedade na boa?
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Pois "Divertida Mente 2" consegue o feito de mais uma vez ao desenhar as emoções, cativar o público, fazer rir e chorar.
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A Ansiedade do filme é uma graça. Antes de mais nada, ela é laranja, uma cor que não é superestimulante à primeira olhada, como a vermelha Raiva.
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Ela é descabelada, claro, magrinha, agitada, pequenininha e ocupa todos os espaços se movimentando com uma agilidade irritante e uma energia absurda.
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De olhos esbugalhados, ela quer fazer amigos, mas está distraída demais tomando conta de tudo para que tudo dê certo.
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Não dá espaço para quase nenhuma outra emoção, nem mesmo as que chegaram com ela: Vergonha, Inveja e Tédio. A Nostalgia, tadinha, mal sai da cozinha.
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Mas quem não consegue mesmo conviver bem com a Ansiedade (dublada no Brasil pela ótima Tata Werneck) é a Alegria (na voz da também ótima Miá Mello), obviamente.
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Afinal, como ter espaço para ser feliz em uma mente que quer controlar tudo e não para um segundo para contemplar e viver o momento?
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Se no primeiro filme da saga entendemos que a Alegria não vive sem a Tristeza, agora a Ansiedade é quem dá as cartas e se torna quase uma protagonista -- ou antagonista.
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