"A Rede Social", um dos grandes sucessos da carreira de David Fincher, é recordado por uma série de detalhes peculiares.
Para começo de conversa, o cineasta acertou em desenvolver este longa no mesmo período em que o Facebook vivia seu auge global.
Disponível na Netflix, a produção segue a ascensão meteórica de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg).
Em uma noite de outono em 2003, Zuckerberg, um graduando em Harvard, começa a trabalhar em uma ideia que mudaria o mundo.
Apenas seis anos depois, com 500 milhões de amigos virtuais, ele se torna o mais jovem bilionário da história. No entanto, o sucesso vem acompanhado de complicações.
David Fincher, conhecido por sua meticulosidade, estabeleceu um recorde pessoal ao filmar a cena inicial 99 vezes.
Gravada em um pub chamado "O Estudante Sedento", a cena de seis minutos capta uma discussão tensa entre Zuckerberg e sua namorada Erica Albright (Rooney Mara).
Kevin Winter/Getty Images
Este momento íntimo e crucial estabelece o tom do filme, destacando as ambições de Zuckerberg e as críticas de Albright sobre sua insensibilidade e egoísmo.
Surpreendentemente, o filme não foi filmado na icônica Universidade de Harvard, onde os eventos reais ocorreram, mas na Faculdade Wheelock em Boston.
Essa escolha foi forçada pela política de Harvard de proibir filmagens no campus desde o filme "Love Story" de 1970, que causou danos ao ambiente da universidade.
Jesse Eisenberg, escolhido para interpretar Zuckerberg, trouxe profundidade ao personagem, especialmente ao lidar com a batalha contra o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Sua atuação foi tão convincente que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator.
Embora o verdadeiro Mark Zuckerberg tenha inicialmente declarado que nunca assistiria ao filme, ele acabou assistindo com seus funcionários.
Seu veredicto foi que, embora o filme contenha vários erros, acertaram em cheio na escolha de suas roupas.