As declarações negacionistas de Alexandre Garcia antes de cair na CNN

Alexandre Garcia foi contratado pela CNN Brasil em julho do ano passado. Jornalista fez carreira na TV Globo e mostrava pautas favoráveis ao governo Bolsonaro. Ontem, ele foi demitido por defender o tratamento precoce contra covid

No mesmo 2017, o ex-Global "deu de ombros" sobre o relato de estupro na infância de Jane Fonda. Depois foi a vez de questionar o termo "feminicídio", o assassinato de mulheres especificamente por questões de gênero.

Já na CNN, Garcia fez apologia à cloroquina, que não tem eficácia comprovada contra a covid-19. Ele disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), infectado na ocasião, era "a comprovação científica de que o uso da hidroxicloroquina dá certo".

O jornalista defendeu a ameaça do presidente Bolsonaro de baixar um decreto em maio contra medidas restritivas impostas por governadores e prefeitos. Ele disse que Bolsonaro cumpria a Constituição federal ao garantir o direito de ir e vir -- a Constituição também garante a autonomia das três esferas (municipais, estaduais e federal). Garcia e Colombo discutiram mais uma vez após o comentário.

Em junho, Alexandre Garcia chegou a dizer na CNN que jovens "não precisariam tomar a vacina [contra a covid-19] segundo as estatísticas". Ele foi desmentido por comunicado lido ao vivo na CNN Brasil.

Garcia voltou a insistir e comentou sobre as denúncias contra a operadora de saúde Prevent Senior, afirmando que os "remédios sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas.". Ao final da participação do jornalista no quadro, a apresentadora Elisa Veeck desmentiu a fala. Essa foi a gota d'água para o jornalista ser demitido.