Agressão, estupro e suicídio: os segredos do livro de Viih Tube

Eliminada do "BBB" com 96% dos votos e já tendo enfrentado as consequências do temido cancelamento nas redes sociais antes do reality, Viih Tube decidiu compartilhar experiências delicadas em seu livro "Cancelada".

Todos conhecemos a Viih Tube jogadora do "BBB" ou a pegadora da Farofa da Gkay, mas o livro traz histórias e experiências muito mais intensas e pesadas que a influencer de apenas 21 anos viveu. Splash selecionou os principais trechos.

Viih Tube conta que ainda na infância passou a tomar injeções mensais para atrasar a chegada da primeira menstruação. As mudanças hormonais eram alvo de chacota dos colegas, assim como sua carreira no Youtube.

O vazamento de uma imagem íntima ao lado do primeiro namorado quando tinha somente 14 anos também intensificou o julgamento dos colegas e da internet.

O infame episódio em que gravou um vídeo cuspindo na boca de um gato gerou a maior onda de rejeição e ódio que Viih Tube tinha recebido até então. Ela deixou de ir à escola, era xingada por todos os lugares e acabou sofrendo uma agressão física quando decidiu sair de casa.

No livro, Viih Tube relata que, quando ia perder sua virgindade, durante uma festa dentro de sua própria casa, foi vítima de abuso sexual por um dos convidados e resgatada pelo namorado da época.

Durante uma viagem, aos 16 anos, Viih enfrentou uma situação ainda mais traumática ao ser forçada a transar com um garoto que conheceu no passeio. Ela relata a culpa e a vergonha que sentiu ao passar por aquilo.

Após o episódio da agressão e os outros cancelamentos que enfrentou, Viih Tube pensou em dar fim à própria vida e tentou o suicídio duas vezes. Foi a atitude drástica que a despertou para buscar ajuda através da terapia.

Viih Tube acredita que a participação no reality foi crucial para que ela pudesse se sentir mais confortável sendo ela mesma, aceitando seus defeitos e qualidades e parando de se preocupar com a opinião dos outros.

O CVV (https://www.cvv.org.br/) funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil

É possível realizar denúncias pelo número 180 — a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008. A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos. Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e a página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses. Caso esteja se sentindo em risco, a vítima pode solicitar uma medida protetiva de urgência.