Carol Duarte volta aos cinemas brasileiros com "La Chimera", filme aclamado no ano passado em Cannes, onde concorreu à Palma de Ouro.
No longa, a paulista é Italia, uma personagem misteriosa e "difícil de entender" -- até mesmo para a atriz e a diretora.
Ela vive o par romântico de Arthur (Josh O'Connor), um ladrão de artefatos arqueológicos na Toscana, com quem vive uma aventura mitológica.
A atriz explicou que Hélène Louvart, a diretora de fotografia do filme "A Vida Invisível", foi a responsável por "fazer a ponte" entre ela e a diretora do novo longa, Alice Rohrwacher.
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"Alice me propôs um teste por Zoom, porque ela estava na Itália e eu aqui no Brasil, no fim do ano. Ela perguntou se eu falava italiano, eu disse que falava um pouco", diz.
A atriz também lembra de outro momento inusitado de sua entrevista: disputando o papel de uma estudante de canto lírico, foi questionada sobre conhecer alguma ópera italiana - o que negou.
Carol, inclusive, não poupa elogios à diretora, a qual descreve como "muito autoral" e reconhecida mundialmente.
Para a atriz, um dos grandes feitos da diretora foi justamente conseguir juntar pessoas de "muitos mundos".
Ela explica que, apesar de o elenco ser majoritariamente italiano, grande parte dos envolvidos não são, de fato, atores -- e há britânicos no meio, além dela, que representa o Brasil.
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"Tem uma pluralidade super interessante. Mas deu jogo entre todas as pessoas [...] Eram muitas línguas juntas, às vezes um não entendia outro, mas foi super afetivo."
Universal e capaz de se conectar com o público brasileiro, o filme é "cinema com C maiúsculo", conclui Carol.
"Eu nunca imaginei ou planejei fazer um filme fora do Brasil. Foi acontecendo e eu fiquei muito feliz."