Em 2087, quando os feriados de Páscoa e de Tiradentes repetirão o feito do último final de semana, que durou quatro dias, eu não estarei mais aqui. Até lá - estamos falando de 62 anos - torço para que as questões que ocuparam meu cérebro nessas 96 horas, em que, tambores rufando, não fiz nada além de ficar em casa com meus filhos, sejam, então, temas de um passado longínquo.
Bom, sobre ficar em casa, desconfio que seja coisa da idade. Depois de alguns carimbos recentes no passaporte, sempre a trabalho apesar de momentos de lazer, minha ideia de descanso estava inteira na palavra "não". Não viajar, não arrumar o armário, não revisar roteiros, não retornar ligações, não resolver pendências, não responder mensagens, não produzir conteúdos, e não me ocupar com nenhum assunto fora do eixo chocolates, filmes e séries.