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Jovens Munduruku resistem a invasões e ameaças com câmera, drone e celular

Joana Moncau e Elpida Nikou/Repórter Brasil

Do UOL, em São Paulo

16/02/2022 04h00

Câmera, drone, celular e redes sociais são as "armas" usadas por Aldira Akai, de 30 anos, Beka Saw Munduruku, de 19, e Rilcelia Akai, de 23, para lidar com as crescentes ameaças de invasões, principalmente de madeireiros e garimpeiros. Elas integram o Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, que divulga as denúncias dos indígenas para além das margens do rio Tapajós. [O vídeo] é uma ferramenta muito importante, que fortalece a luta do povo Munduruku. Muitas pessoas não acreditam mais só na fala da gente, eles acreditam vendo", conta Aldira.

A Repórter Brasil acompanhou as jovens durante uma semana na TI Sawré Muybu, em novembro de 2021, quando elas produziram vídeos que chegaram até ativistas e autoridades mundiais que participavam da COP26. São imagens que tornam concreto o que já indicam dados como os da ferramenta da Global Forest Watch (GFW). Um dos mais assustadores mostra os pedidos de exploração minerária na TI: as áreas onde não incidem esses requerimentos são quase imperceptíveis de tão poucas. A plataforma também mostra como o impacto do garimpo e de outras ameaças ao território se traduz em desmatamento.

O documentário "Mensageiras da Amazônia" tem imagens de Joana Moncau e do Coletivo Audiovisual Mdk, edição de Elpida Nikou e e Joana Moncau, produção de Felipe Garcia e realização da Muzungu Producciones e Repórter Brasil.

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