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Chifres, língua dividida e tatuagem nos olhos: modificação corporal é arte?

03/12/2020 04h01

Já faz tempo que tatuagens e piercings são comuns e aceitos pela maior parte da sociedade, mas o que dizer de pigmentação dos olhos, implantes subcutâneos e chifres na testa? No "Mundo Cômico" desta quinta (03), Marco Bezzi e Helder Maldonado investigam o mundo das "body mods" (modificações corporais). Assista acima.

Questão cultural em países como o Sudão — e até mesmo no Brasil, em que os índios kayapós usam um disco preso ao lábio inferior chamado de botoque —, as modificações corporais podem surgir também de um desejo de se parecer com algum boneco ou celebridade. Mas figuras como a "Barbie humana" do Brasil e a "Angelina Jolie zumbi" do Irã levantam questionamentos sobre os limites desse tipo de atividade.

"O que vira tema de discussão é a fronteira sobre o que é arte ou estética. O que é mais ou menos invasivo", explica Maldonado. No litoral de São Paulo, um casal garante que os corpos deles devem ser considerados como verdadeiras obras de arte. O "Diabão e Demônia da Praia Grande" viraram até mesmo pauta no tabloide inglês Daily Star por conta das modificações que fizeram.

Por outro lado, há a questão de saúde: um procedimento pode simplesmente dar errado e ser um desastre completo, como no caso do britânico Oil London, que gastou R$ 1 milhão para ficar parecido com o astro de k-pop Park Jimin, do grupo sul coreano BTS. Ao participar do programa "Botched" ("Multilados", em tradução livre), ele descobriu que poderia perder seu nariz se continuasse com as modificações, porque já não havia mais cartilagem ali.

"Mas pergunte a si mesmo e pense bem: você nunca fez uma modificação que seja no seu corpo para se adequar a um ideal de beleza, estético ou mesmo de tribo?", questiona Bezzi. Para conhecer mais sobre as body mods, assista ao episódio de "Mundo Cômico" no topo da página.