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Turistas evitam o Taj Mahal e outras atrações indianas em meio a protestos

Mais de 200 mil turistas cancelaram ou adiaram visitas ao Taj Mahal - Getty Images
Mais de 200 mil turistas cancelaram ou adiaram visitas ao Taj Mahal Imagem: Getty Images

Nupur Anand

30/12/2019 11h53

A indústria do turismo da Índia foi abalada por uma onda de violentos protestos contra uma nova lei de cidadania que atingiu várias cidades este mês, com ao menos sete países emitindo alertas de viagens.

Pelo menos 25 pessoas morreram em confrontos entre a polícia e manifestantes, e as demonstrações contra a legislação continuam.

Autoridades estimam que cerca de 200 mil turistas domésticos e internacionais cancelaram ou adiaram visitas nas últimas duas semanas ao Taj Mahal, uma das atrações turísticas mais populares do mundo.

"Houve uma queda de 60% na movimentação de visitantes em dezembro", afirmou Dinesh Kumar, um inspetor policial responsável por uma delegacia especial de turismo próxima ao Taj Mahal que tem acesso a dados sobre as visitas. Ele disse que a redução se deu sobre dezembro do ano passado.

"Turistas indianos e estrangeiros têm nos procurado para checar sobre a segurança. Nós asseguramos sua proteção, mas muitos ainda assim decidem se manter distantes", afirmou Kumar.

O Taj Mahal fica na cidade de Agra, no norte do país - Getty Images - Getty Images
O Taj Mahal fica na cidade de Agra, no norte do país
Imagem: Getty Images

O monumento de mármore do século 17 fica em Uttar Pradesh, Estado no norte do país onde se deu o maior número de mortes e explosões intensas de violência em duas semanas de turbulências.

O Taj Mahal, situado na cidade de Agra, atrai cerca de 6,5 milhões de turistas todos os anos, gerando quase 14 milhões de dólares em ingressos. Um turista estrangeiro paga 1.100 rúpias (cerca de 15 dólares) para entrar, ainda que cidadãos de países vizinhos recebam descontos.

Gerentes de hotéis de luxo e de pousadas próximas ao Taj Mahal disseram que cancelamentos de última hora durante a estação de festas têm contribuído para minar a confiança em um momento em que o crescimento econômico do país desacelerou para 4,5%, ritmo mais lento em mais de seis anos.

Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, Israel, Singapura, Canadá e Taiwan emitiram alertas pedindo aos seus cidadãos que evitem visitar regiões da Índia afetadas pelos protestos ou recomendando que adotem cautela durante a viagem.