Lucila Runnacles

Cidade de letras

Conheça a livraria mais antiga de Buenos Aires 

Quando foi inaugurada em 1785, o nome era Librería del Colegio (Livraria do Colégio), porque está muito próxima do famoso colégio público nacional de Buenos Aires.

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“Em 1993 fiquei sabendo que este espaço seria alugado para uma empresa americana de fast food e tive um ataque de nacionalismo! Me virei e falei com algumas pessoas até conseguir que alugassem pra mim. Foi assim que resgatei a antiga Librería del Colegio”, conta Miguel Ávila.

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A Ávila tem mais de 150 mil exemplares à venda. Tudo está separado por seções: história, arte, teatro, antropologia, filosofia, indigenismo, religião, viagens, entre tantas outras categorias

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A importância histórica deste lugar é enorme. Revolucionários que participaram da Revolução de Maio, em 1810, se reuniam aqui e eram inspirados pelos livros que chegavam contrabandeados da França.

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Do lado de fora ficam os livros com desconto para atrair os clientes. Na seção de ofertas, por menos de 5 reais é possível comprar um e por 10 reais, dois exemplares.

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A primeira livraria de Buenos Aires foi declarada lugar de interesse cultural da cidade, um Monumento Histórico Nacional. No futuro, mesmo que mude de dono, o local só pode ser outra livraria

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Antigamente, as livrarias eram lugares para debates ideológicos. Os intelectuais daquela época se reuniam nas livrarias e nos cafés do centro de Buenos Aires. Até o Papa Francisco frequentava a Librería del Colegio.

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O edifício tem dois andares e paredes abarrotadas de livros do teto ao chão. Na parte de baixo ficam os livros sobre arte, infantis e muita literatura hispânica.

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Além de ser a mais antiga de Buenos Aires, esta peculiar livraria é conhecida por oferecer um acervo de obras antigas, livros raros e obras descatalogadas. Esse é de 1530. É um mini livro com capa dura e um texto que ainda está legível.

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Como falar da capital argentina sem pensar em tango? Para quem é amante dessa dança, livros sobre esse assunto não faltam por lá.

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Antes de ser livraria, esse edifício foi uma pulperia, uma espécie de pequeno armazém e local de reunião das pessoas no interior. No futuro, a ideia é abrir uma “pulperia literária” em uma parte do imóvel. 

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“Quando uma pessoa descobre um livro, ela nunca mais volta a ficar sozinha. Ter um livro na mão, sentir o cheiro das páginas, a textura, folhear...não tem tecnologia que consiga substituir este prazer, esta intimidade”, declara.

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A Livraria de Ávila fica bem no centro da capital argentina, a poucos metros da Praça de Maio, na Calle Adolfo Alsina, 500. Abre de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h; sábados, das 10h às 15h.

Lucila Runnacles

Edição: Juliana Simon

Reportagem: Lucila Runnacles, colaboração para Nossa

Publicado em 27 de  novembro de 2021