Por Juliana Sayuri

temporada solar

Praia, modo de usar

Confira hábitos de diferentes países
na hora de se divertir na areia 

Cada canto do mundo tem um ritual na
hora de ir à praia, quase que um manual informal de etiqueta e estilo de como se comportar nas areias alheias

No Brasil, da farofa ao resort 5 estrelas, ir à praia inclui biquínis (fio dental é comum), cangas, chuveirões, coquetéis, esportes, festas. Noutros países, a história é diferente

Do outro lado do mundo, no Japão, biquíni não é regra: é comum ver praieiros cobertos da canela ao pulso para não pegar sol. Vale também sombrinha e até mangote, manga que cobre o braço todo

Na China, pré-pandemia, fez sucesso inclusive um “facekini”, um tipo de máscara cobrindo o rosto todo na praia para se refugiar dos raios solares

No litoral do Oriente Médio e do norte da África, tampouco não se costuma expor o corpo, mas por questões religiosas. E, nas areias de Dubai, por exemplo, o consumo álcool é proibido

Um “burkini”, misto de burca e biquíni, provocou frisson na França: cerca de 30 cidades nos arredores da Riviera Francesa proibiram o traje – meses depois, a proibição foi suspensa pela Justiça

A prática perdura, mas o bastão de país
mais liberal ao topless foi passado para
a vizinha Espanha

Francesas ficaram famosas por encarar o topless com naturalidade. Mas a tendência caiu: em 2009, 34% diziam se bronzear sem o top; em 2021, o número foi para 19%

Nos mares de Israel, há praias reservadas a judeus ultra-ortodoxos. E, num desses areais de Tel Aviv, domingos, terças e quintas são dias reservados só para mulheres judias, quase que totalmente cobertas 

Além dos tipos de traje e de clima (uns mais sóbrios, outros ébrios), até os apetrechos diferem por aí. O combo canga+guarda-sol, tão típico do litoral brasileiro, não é a regra no mundo todo

Bangalôs e gazebos são comuns em diversos países, principalmente em resorts. Já na Alemanha, há uma estrutura de madeira chamada “strandkorb”, um tipo de tenda+cadeira para 2 pessoas no máximo

No litoral português, o corta-vento é item básico para se levar. É como uma cabaninha, individual ou coletiva, acoplada ao guarda-sol, para proteger de ventanias. Por lá, é chamada de “para-vento” 

Na Polônia, é comum um divisor para separar seu território na areia, uma cortina colorida que é fixada por estacas na areia. É o “paravan”, que faz um tipo de cercadinho para isolar e demarcar uma área

Areia, aliás, não é sinônimo de praia. Na Irlanda, não se caminha na areia na praia de Trá an Dóilín, mas em fragmentos de corais de alga vermelha. É melhor não andar descalço por lá

Já a Austrália tem uma praia de conchinhas de um berbigão chamado Hamelin no lugar da areia, a Shell Beach, na Shark Bay (a baía dos tubarões). 

Edição: 
Eduardo Burckhardt 

Reportagem: Juliana Sayuri

Imagens: Getty Images, iStock,
Unsplash, Wikimedia Commons, @OCalafate/Instagram

Publicado em 08  de fevereiro de 2022