A cerveja de garrafa pode até ser igual em todos os botecos de São Paulo. Mas as semelhanças param por aí. Cada lugar tem o seu truque para cativar o cliente e fazê-lo voltar a encher o copo americano ou a tulipa ali, naquele mesmo endereço.

Adotar um bar como o seu favorito — ou elegê-lo como o melhor da cidade — passa por vários atributos: ambiente acolhedor, simpatia dos funcionários, drinques que valem a conta e petiscos que dão vontade de pedir mais.

É por isso que o Prêmio Nossa de Bares e Restaurantes reuniu a opinião do público e os votos de 30 jurados especialistas, entre jornalistas e influenciadores, para apontar quais estabelecimentos deveriam levar os títulos.

A seguir, conheça os "Preferidos do Público" e os escolhidos pelo júri técnico nas categorias Melhor Boteco e Melhor Bar para Petiscar.

ÍNDICE

Keiny Andrade/UOL

Melhores Restaurantes

Clique e descubra os restaurantes campeões e quem ganhou o título de Melhor Chef

Ler mais
Keiny Andrade/UOL

Melhores Bares

Confira todos os bares vencedores e quem foi eleito o Melhor Bartender de São Paulo

Ler mais
Kainy Andrade/UOL

Preferidos do Público

Conheça os bares e restaurantes que conquistaram o voto popular em 5 categorias

Ler mais

Sabe quando o agito é tanto que, mesmo de longe, você já pensa: 'é ali'? Pois pouco importa o dia e o horário, é provável que essa cena aconteça quando decidir conhecer o Moela, o Melhor Boteco da cidade segundo o time de jurados do Prêmio Nossa.

Rômulo Morente decidiu abrir as portas do Moela em 2020. Foi um sucesso instantâneo e coletivo. Explico: assim como outros chefs, o cozinheiro trocou os eventos de churrasco pelo comando de um boteco, levantando o setor com novas ideias.

Isso significa misturar referências e repaginar clássicos. Tem cerveja de garrafa e a clássica batidinha de coco, mas também tem batida de goiaba com mel e chá mate com gim, capim-santo e limão. Pra comer, aparece torresmo, mas também aparece mandioca frita com ragu de moela, linguiça, parmesão e cebolinha.

A seção que faz o coração da clientela bater forte, porém, é a de friturinhas. Pode observar: a galera está sempre com um bolinho na mão — e quem pode culpá-los? O bolinho de milho com gorgonzola, a almôndega de frango com pele crocante e o bolovo de rabada são deliciosos.

Moela
Rua Canuto do Val, 136, Santa Cecília; Rua Cardeal Arcoverde, 2320, Pinheiros. @barmoela

Cerveja gelada, galera na rua e bolinhos na mão, tudo muito bem feito e com alma de boteco"

Daniel Sozzo, Produtor de conteúd (@danielsozzo).



É um boteco tradicionalmente brasileiro, com caixas de cerveja empilhadas e um clima sem frescuras. O jeitão simples funciona quase como um disfarce: engana os desavisados que se apossam de uma mesa prontos para pedir batata frita industrializada com ketchup aguado e frango à passarinho meia boca.

Mas basta passar o olho no cardápio do Bagaceira para perceber que não se trata de mais um bar qualquer. No vice-campeão do Prêmio Nossa, os sabores paulistanos se encontram aos temperos do chef Thiago Maeda, responsável também pelo vizinho Koya88.

Isso significa toques asiáticos, caso do bolinho de milho típico japonês preparado com batata, milho e o queijo Figueira, da fazenda Atalaia, em Amparo (SP), e ousados, como a inclusão de morcilla no bolovo de copa-lombo moída.

As bebidas são responsabilidade de outro sócio, o bartender Thiago Pereira. Paixão da clientela, a batidinha surge em diferentes versões: coco, café, milho, graviola com hortelã e até de pão de mel. Entre os drinques, é novidade o cupuaju, que combina gim, creme de cupuaçu, vinagre de caju, frutas cítricas e amêndoas.

Bagaceira
Vai lá: Rua Frederico Abranches, 197, Santa Cecília. @barbagaceira

Keiny Andrade/UOL

Bar do Luiz Fernandes

Veja mais detalhes abaixo, em Melhor Bar para Petiscar.

Aberto em 2022, o Tantin é um dos mais novos entre os "Preferidos do Público". A proposta é clara já no nome: trazer um "tantin" de cada canto do Brasil para a animada esquina de Pinheiros. É lá que a galera se reúne em mesas ou em pé, sempre na ideia de pedir uma cerveja de garrafa, coquetéis com ingredientes brasileiros ou as comidinhas do chef Marco Aurélio Sena.

Com passagens pelo Dalva e Dito e pelo Komah, ele concretizou o sonho de ter o próprio negócio ao lado do irmão, André, que cuida do marketing do Tantin. Responsável pela cozinha, Marco prepara belisquetes como a coxa creme, que se tornou um queridinho pelo público, sendo o item mais vendido da casa.

Outros clássicos ganham versões próprias, como a empanada de carne com jiló e a coxinha de frango com milho. Entre os pratos, a costela do véio Edson é uma homenagem ao pai dos sócios. Assada por 12 horas, acompanha mandioca na manteiga, arroz com cenoura e bacon, farofa de alho e vinagrete.

Ao reunir criatividade nos coquetéis, comidinhas de qualidade e clima despojado, o Tantin cativou os paulistanos e ocupa o posto de Boteco Preferido do Público pelo Prêmio Nossa.

Tantin
Rua dos Pinheiros, 987, Pinheiros. @tantinbar

Os outros queridinhos do público

Divulgação

Braca Bar

Augusto Vianna, do Esquina do Souza, se uniu a Kadu Tomé, que faz parte da família dona do Bracarense, para homenagear este clássico carioca. De lá, vieram receitas como o bolinho de camarão com mandioca e a empanada de palmito. Com o sucesso no Itaim Bibi, a dupla inaugurou uma segunda unidade em Santana, em 2024. Vai lá: Rua Dr. Renato Paes de Barros, 908, Itaim Bibi. @bracabar

Divulgação

Pasquim

Inspirado no jornal O Pasquim, o bar ocupa uma esquina badalada da Vila Madalena. O público curte a programação de música ao vivo, o chope e a picanha enquanto assiste ao movimento da região através da estrutura aberta para rua. Há filiais no Mercadão e na Zona Norte, onde o espaço kids incentiva a presença de grupos grandes e famílias. Vai lá: Rua Aspicuelta, 524, Vila Madalena. @opasquimbar

Divulgação

Pirajá

A casa deseja ser uma representante da cultura carioca fora do Rio de Janeiro. Isso significa que é possível encontrar samba, chope gelado, caipirinha e descontração nos mais de dez endereços paulistanos. Entre as comidinhas fazem sucesso a porção de pastel, o bife à milanesa coberto por molho quatro queijos e o picadinho.Vai lá: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 64, Pinheiros. @barpiraja

O nível botequeiro de um paulistano pode ser medido pela quantidade de bolinhos de carne consumidos. Mas não serve qualquer salgado. Só entram para a conta os da Dona Idalina, cozinheira por trás das receitas icônicas que fazem do bar o Melhor para Petiscar em toda a cidade.

A fritura entrou em campo em 1970, quando ela e o marido Luiz transformaram uma antiga mercearia em boteco. O casal só não sabia que o preparo seria o grande responsável por mudar o jogo. A vizinhança logo se apaixonou — com muita razão — pelo tempero, pelo interior úmido e pela casquinha crocante.

O cardápio foi aumentando pouco a pouco, assim como o próprio espaço. Hoje, são três unidades na Zona Norte, todas reconhecidas pela excelência das panelas e fritadeiras. O esquema é ir com o apetite preparado para provar vários petiscos entre uma caipirinha e outra batidinha. Quer exemplos?

O bolinho de bacalhau chega à mesa cortado ao meio e regado com muito azeite. Daí não vale desperdiçar: tem que chuchar até o óleo acabar. Quem gosta de frutos do mar vai ficar em dúvida entre o pastel e a empada. A boa notícia é que ambos vão com pedaços graúdos de camarão.

O porco também tem seu lugar. Além do clássico torresmo, surge em três bolinhos: no bolovo de linguiça, no de massa de pão de queijo recheado com pernil com queijo meia cura e no de batata-doce com costelinha defumada. Em todos os casos, só não se esqueça de pedir a pimentinha da casa para acompanhar.

Bar do Luiz Fernandes
Rua Augusto Tolle, 610, Mandaqui. Mais dois endereços. @bardoluizf

Tenho até receio de soar repetitivo ao falar de bares e sempre citar o Luiz Fernandes. Mas convenhamos: com aquele balcão de acepipes, um cardápio extenso e uma seção só de bolinhos (com um novo lançado a cada ano!), fica difícil ele não aparecer em todos os rankings, né?

Pierini Coppolaro, Influenciador do @experimente.sp e jurado do Prêmio Nossa

Keiny Andrade/UOL

Moela

Veja mais detalhes acima, em Melhor Boteco.

Em quase um quarto de século de história, o Astor se transformou numa rede com cinco unidades sob o comando da Cia. Tradicional do Comércio. Felizmente, o cuidado em manter a padronização e a qualidade do endereço original, na Vila Madalena, transformou o que poderia ser uma má notícia num trunfo.

Os paulistanos precisam se deslocar cada vez menos para provar as receitas que colocam o estabelecimento entre os melhores para petiscar. Com tanta tradição, as pedidas que agora são preparadas sob a supervisão da chef executiva Ligia Karazawa se tornaram clássicos que fazem parte do imaginário do público.

É o caso do picadinho tradicional e também do macarrão que recebe este guisado de carne como um molho criativo. Também há opções para dividir, caso da porção de pastel de carne, queijo e camarão e do bife à milanesa.

Servido com queijo derretido sobre pão de miga, o petisco é daqueles que pedem palito para pescar os pedacinhos. O perigo é um só: disputa na mesa por quem vai abocanhar mais. Dependendo do número de pessoas, evite conflitos e já peça duas porções — o quitute costuma causar efeitos viciantes.

Astor
Vai lá: Rua Delfina, 163, Vila Madalena. @barastor

A fama do endereço vem sobretudo da coxinha: massa fina e crocante, recheada com frango temperado e uma quantidade generosa de catupiry. O salgado virou símbolo da casa e responsável por boa parte do movimento — são cerca de 50 mil unidades vendidas por mês.

A receita, aprimorada ao longo dos 20 anos de funcionamento, nunca deixou de lado a proposta original: ser artesanal e remeter ao sabor das coxinhas de infância. Apesar de icônica, não é a única gostosura do cardápio.

Também fazem sucesso o pastel de bobó de camarão, o bolinho de carne e o de bacalhau, que é uma novidade em relação às pedidas consideradas clássicas. A celebração de duas décadas de história também impulsionou a atualização da seção etílica, com a inclusão de drinques autorais.

Quem não quer se arriscar ainda encontra o conforto de sempre. Que tal um chope bem tirado, servido na clássica tulipa, ou uma caipirinha? Criativas, as opções incluem tangerina com gengibre e caju com limão-siciliano.

Veloso
Rua Conceição Veloso, 54, Vila Mariana. @velosobar

Os outros queridinhos do público

Ricardo D'Angelo

Esquina do Souza

As caipirinhas com misturas inusitadas, servidas em copos altos, são bons motivos para visitar o bar, com unidades na Pompeia e na Vila Leopoldina. Mas não os únicos. Levadas a sério, as frituras têm tamanho grande e são servidas em porção de seis unidades. Fazem sucesso a coxinha e o bolinho de carne, de casquinha crocante. Vai lá: Rua Coronel Melo de Oliveira, 1066, Pompeia. @esquinadosouza

Divulgação

Hilda Botequim

A cozinha recebe atenção especial por aqui. As panelas são comandadas pela dona e chef de cozinha, Alessandra Ramos. Ela presta homenagem à avó mineira por meio do nome e dos temperos, que aparecem no torresmo, um ícone entre as entradinhas, no sanduíche de lagarto, na galinhada, no baião e em outros pratos. Vai lá: Praça Sá Pinto, 67, Vila Ipojuca. @hildabotequim

Keiny Andrade/UOL

Bar do Luiz Fernandes

Veja mais detalhes acima, nos finalistas de Melhor Boteco dos Preferidos do Público.

Divulgação

Tantin

Veja mais detalhes acima, no texto de Melhor Boteco dos Preferidos do Público.

Topo