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"Lugar de resistência": França prepara seu Memorial do Terrorismo

Moradores de Paris em vigília na casa de espetáculos Bataclan, alvo de atentado terrorista em 2015 - Leo Lemos/FramePhoto
Moradores de Paris em vigília na casa de espetáculos Bataclan, alvo de atentado terrorista em 2015 Imagem: Leo Lemos/FramePhoto

11/05/2021 15h28

Por iniciativa do presidente francês, Emmanuel Macron, o futuro "museu-memorial" do terrorismo será localizado em Suresnes, a oeste da região parisiense. O projeto está situado ao lado do "Memorial da França Combatente" em Mont-Valérien e, segundo a Presidência, "o simbolismo do local responde ao desejo de criar um lugar de resiliência e resistência".

O presidente Emmanuel Macron escolheu a cidade de Suresnes para sediar o futuro "museu-memorial" do terrorismo, cuja construção deve começar em março de 2022, anunciou o Palácio do Eliseu nesta terça-feira (11). O "museu de história e sociedade, inédito e único na sua concepção" será instalado "nas imediações do Memorial da França Combatente", um local que rende "homenagem à resistência".

O lugar escolhido, segundo France info, foi o do Instituto Nacional de Formação Superior e Pesquisa para a Educação de Jovens com Deficiência e Ensino Adaptado (INSHEA), que em breve se mudará para Saint-Germain-en-Laye, de acordo com a presidência francesa.

"A resiliência está na origem deste edifício modernista construído para crianças em dificuldade nos anos 1930", detalhou o Eliseu. "A resistência é inerente à sua localização porque o edifício está em Mont-Valérien, um lugar importante da nossa memória nacional", continua o comunicado oficial.

Nomes de todas as vítimas serão registradas no local

O início deste projeto sem precedentes na França foi anunciado pelo presidente Macron em setembro de 2018. O administrador do projeto, o historiador Henry Rousso, indicou em março que a inauguração estava programada para 2027.

O projeto francês abrangerá todas as vítimas e atos de terrorismo desde 1974, data do atentado à Drugstore Publicis, em Paris, até os dias atuais. O museu oferecerá um lugar de destaque para vítimas, sobreviventes, detalhando lesões físicas e mentais, além de socorristas e auxiliares da linha de frente.

Segundo o Eliseu, a parte "memorial" permitirá "o registro exaustivo" dos nomes de todas as vítimas francesas do terrorismo, que morreram em território nacional ou no exterior.