Cachorro antissocial? Veja dicas para ele se dar bem com outros cães

Nem sempre o encontro entre dois cães é sinônimo de amizade à primeira vista. Muitos tutores se deparam com latidos, rosnados e até indiferença quando tentam socializar o pet com outro cão.

O bom convívio entre cães não acontece automaticamente, mas pode (e deve) ser estimulado, pois a socialização entre cães é uma etapa fundamental para o equilíbrio emocional do pet. Quando feita de forma gradual e respeitosa, ela ensina o animal a lidar com novas presenças, situações e disputas naturais do dia a dia.

Isso evita comportamentos agressivos, crises de ciúmes e reações exageradas que podem surgir diante de um novo cão, seja ele um companheiro de casa ou um visitante no parque.

A seguir, confira dicas práticas para promover uma convivência saudável e sem traumas.

Como introduzir um novo cachorro na rotina do seu pet

A chegada de um novo cão pode abalar a rotina do animal que já mora com você. Para evitar conflitos e resistências, o ideal é fazer uma adaptação por etapas:

Apresente os cães em território neutro, como a calçada ou o hall do prédio. Isso reduz a tendência de defesa territorial;

Use guias curtas e recompensas. Se ambos estiverem calmos, ofereça petiscos e elogie o bom comportamento;

Não force o contato. Deixe que eles se aproximem no próprio ritmo e apenas continue com os próximos passos se ambos estiverem relaxados;

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Dentro de casa, use grades ou portões para permitir que se vejam e se cheirem com segurança, sem acesso direto no início.

O cão mais velho pode se mostrar desconfiado, se isolar ou até rejeitar comida nos primeiros dias, mas isso tende a melhorar com reforço positivo, atenção redobrada e respeito ao tempo de adaptação de cada um.

E se o cão late ou rosna ao ver outros cães na rua?

Esse tipo de comportamento é comum e geralmente está ligado ao medo, insegurança ou experiências negativas anteriores. A dica é expor o pet a outros cães de forma indireta e gradual:

Comece observando outros cães à distância, sem obrigar aproximações;

Durante esse momento, ofereça petiscos ou brinquedos para desviar o foco e associar a situação a algo positivo;

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Quando ele se mostrar mais tranquilo, aproxime-se aos poucos — sempre respeitando o limite de conforto do seu animal;

Evite parques muito cheios ou horários de grande movimento nos primeiros treinos;

Jamais force uma aproximação com cães desconhecidos sem antes conversar com o tutor do outro animal.

Cães medrosos também podem aprender a socializar

Se o seu cachorro demonstra medo até de sair de casa, o processo precisa ser ainda mais delicado. O segredo está em trabalhar a autoconfiança com pequenos avanços diários. Por exemplo:

No primeiro dia, fique com ele próximo à porta, sem exigir que ele ultrapasse. No segundo, dê alguns passos para fora e convide-o com palavras suaves e um petisco. Com o tempo, avance pequenas distâncias e premie cada progresso.

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Não use força nem broncas. Medo não se supera com pressão, mas com estímulo e segurança. Quando ele já estiver confortável com o ambiente externo, comece a introduzir a presença de outros cães com a mesma abordagem cuidadosa.

Como lidar com cães que demonstram agressividade

Rosnar, mostrar os dentes ou tentar atacar o outro cão são comportamentos que exigem atenção especial. Geralmente, esses sinais estão ligados a instinto de proteção, insegurança ou traumas.

Para evitar que o comportamento se agrave:

Nunca tente socializar os cães dentro de casa nos primeiros encontros;

Priorize espaços neutros e controle a interação com guias e petiscos;

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Evite gritos, punições ou correções agressivas — isso só aumenta o estresse e a tensão.

Se o comportamento persistir, o ideal é contar com a ajuda de um adestrador ou especialista em comportamento canino. Um profissional poderá observar sinais sutis e orientar técnicas específicas para aquele animal.

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