São Paulo ganha sua maior trilha; conheça os 182 km de verde da cidade
Colaboração para Nossa
20/04/2025 05h30
A Prefeitura de São Paulo inaugurou, no dia 12 de abril, a Trilha Interparques, a maior da cidade, com 182 km de paisagens verdes de tirar o fôlego.
O percurso conecta reservas e unidades de conservação da zona sul da capital ao Polo de Ecoturismo de Parelheiros, Marsilac e Ilha do Bororé, oferecendo ao turista e ao morador a possibilidade de explorar o ecossistema da Mata Atlântica e a sua transição para o Cerrado.
A trilha começa na Balsa da Ilha do Bororé, no Grajaú, e passa pelos Parques Naturais Municipais Bororé, Varginha, Itaim e Jaceguava, chegando ao Parque Estadual Várzea do Embu-Guaçu, ao municipal Cratera de Colônia, ao Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar e, finalmente, à Reserva Particular do Patrimônio Natural Curucutu.
No caminho, há píer com vista para a represa Billings, uma torre de observação de incêndios que também dá acesso à paisagem privilegiada da represa de Guarapiranga e área para piqueniques em torno de um lago.
Todo o trajeto está demarcado com placas da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, uma ferramenta de ecoturismo do ICMBio e do governo federal para o lazer e educação ambiental que liga os principais pontos de recreação e conservação do corredor ecológico. O passeio pode ser realizado a pé ou de bike.
O objetivo da abertura da trilha é promover a valorização das belezas naturais paulistanas - e ressaltar a importância da sua conservação, segundo a prefeitura.
Esse percurso permite que os visitantes tenham contato direto com a biodiversidade paulistana. Além da experiência imersiva na Mata Atlântica, a trilha reforça a importância da preservação e do equilíbrio ambiental e fortalece a economia e o turismo na região. Secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ashiuchi.
O que você pode ver por lá?
A Trilha Interparques atravessa paisagens diversas e, em determinados pontos, é possível observar de perto a tênue transição da Mata Atlântica para o Cerrado. É possível observar espécies como cedro-rosa (Cedrela fissilis), samambaiaçu (Dicksonia sellowiana), palmito-juçara (Euterpe edulis) e a araucária (Araucaria angustifolia), todas ameaçadas de extinção.
Vale a pena conhecer ainda embaúba-prateada (Cecropia hololeuca), cambuci (Campomanesia phaea) e tapiá (Crateva tapia) no trajeto.
A fauna local também impressiona: os macacos bugios-ruivos (Alouatta guariba), fundamentais para espalhar de sementes e a regenerar a floresta, são fáceis de encontrar no caminho. No entanto, os visitantes também poderão avistar o tangará-dançarino (Chiroxiphia caudata), caxinguelês (Sciurus sp.), quatis (Nasua nasua), entre outros.
Interessados em conhecer a mais longa trilha de São Paulo podem conferir seu mapa e orientações importantes neste site.