Quer evitar filas na imigração dos aeroportos dos EUA? Vá pelo Canadá

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Aeroportos nos Estados Unidos não são lugares lá muito convidativos. Todo mundo que já passou férias no país sabe que a imigração é um momento cansativo, estressante e, às vezes, humilhante.
O site americano de viagens e milhas "Upgraded Points" elaborou um ranking dos aeroportos com as piores filas de imigração e alfândega. Dos dez mais demorados, cinco recebem voos vindos direto do Brasil: Fort Lauderdale (1º), Miami (2º), Nova York (3º), Chicago (5º) e Los Angeles (6º), segundo dados da CBP, a agência de alfândega e proteção de fronteiras dos EUA.
Ou seja, para o turista brasileiro, é quase certo que viajar aos EUA significa passar um perrengue no aeroporto. Ou, em termos mais exatos, algo entre 20 minutos e 11 segundos (a duração média no Aeroporto de Los Angeles) e 57 minutos e 2 segundos (o tempo de espera no pior horário em Fort Lauderdale).
Para ajudar, o site levantou também os piores e melhores horários nos principais aeroportos. Confira aqueles com voos diretos vindos do Brasil:
A utilidade dessas informações tem um limite nítido. Você precisa desembarcar em Miami na terça, no fim da noite, para pegar menos fila (ou se preparar psicologicamente caso chegue no começo de uma noite de sexta).
Dificilmente alguém planejará uma viagem de acordo com esses horários. São muitos fatores envolvidos, do preço da passagem ao aproveitamento do dia da chegada, para colocar na balança uma diferença de, no máximo, 45 minutos (a amplitude entre a sorte suprema e o pior dos perrengues na imigração em Fort Lauderdale).
Em suma, é muito esforço para pouco ganho. Melhor aceitar a chateação e encarar a fila.
Mas há outro caminho, e ele não envolve ter um passaporte europeu. Uma alternativa mais garantida de evitar os estresses de sempre ao entrar nos EUA é chegar lá via Canadá. O processo fica muito mais simples.
Imigração nos EUA, só que no Canadá
Quando você viaja aos EUA, precisa realizar os procedimentos de imigração no primeiro aeroporto em que desembarca no país, não importa se é o destino final ou uma conexão. Mas, ao fazer essa conexão no Canadá, você antecipa os trâmites em um ambiente mais ágil.
Isso porque os aeroportos canadenses têm uma área específica para a imigração para os EUA. São menos filas, menos burocracia e menos tempo de espera.
Ao chegar em Toronto ou Montreal, o viajante desembarca e vai direto para essa área de imigração. Passa pelos detectores e segue para o balcão, onde deve apresentar passaporte e visto.
De lá, vai para o saguão de embarque, vê no painel qual é o portão do voo para os EUA e se dirige até o local. Ou seja, é o procedimento padrão, só que como há muito menos passageiros, tudo se resolve em poucos minutos.
Após os procedimentos, o passageiro embarca em um voo doméstico, o que significa que não precisará enfrentar mais nenhum protocolo ao chegar ao destino final, nos EUA. Nenhuma vistoria, checagem, nada.
Mas, para ter essa vantagem de fazer a conexão no Canadá, é preciso estar atento apenas a alguns pontos:
- Solicitar o eTA antes de sair do Brasil. A "electronic travel authorization" (autorização eletrônica para viagem) é o documento que permite ao viajante internacional transitar nos aeroportos canadenses, portanto, somente viagens aéreas. Ou seja, sem isso, nada feito. O processo é simples. Basta fazer a requisição online e pagar a taxa de 7 dólares canadenses (equivalente a cerca de R$ 28). Sai praticamente na hora e vale por cinco anos, a não ser que o passaporte expire antes disso.
- Ter passaporte e visto americano válidos e atender às exigências de entrada nos EUA.
O eTA não é o visto canadense. Para visitar, estudar ou trabalhar no Canadá, você precisa de visto. Mas se a ideia é apenas fazer conexão, basta o eTA.
Outra vantagem é que fazendo a conexão no Canadá a sua bagagem vai direto para o destino final. Já em uma conexão nos EUA é preciso retirar e despachar as malas novamente, o que aumenta nossa inquietação.
A AirCanada, que tem voos diretos entre Toronto e São Paulo e Montreal e São Paulo, tem dado importância ao público que opta por viajar aos EUA usando seus serviços. A companhia, que planeja expandir as operações para Rio de Janeiro e Fortaleza, oferece um material para o viajante tirar dúvidas e checar documentação necessária de acordo com a conexão e o destino final.
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