Punta del Este, Montevidéu e Colonia: Uruguai é ótimo para turismo de vinho
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Se você gosta de unir turismo tradicional ao enoturismo, existem poucos lugares tão indicados para uma viagem quanto o Uruguai, tema do episódio desta semana do videocast "Vamos de Vinho". Afinal, as três principais regiões turísticas do diminuto país produzem ótimos vinhos.
Começando pelo litoral atlântico, existe a região de Maldonado, onde fica Punta del Este. "É uma região relativamente nova, mas hoje é a minha preferida", diz Rodrigo Barradas no programa. Ele também recomenda os vinhos brancos de lá, bem como tintos com cabernet franc e syrah. É nessa área que está a vinícola Garzón, bastente conhecida no Brasil.
Um pouco mais ao sul, temos Montevidéu, onde ficam os famosos vinhos de Canelones. É a terra da tannat, embora haja vinhos muito bons de outras uvas. É possível visitar vinícolas com uma curta viagem de carro saindo da capital. "Vai ter muita gente oferecendo transporte para te levar a té lá, para você beber tranquilamente", conta Vinicius Mesquita.
Por fim, já praticamente encarando Buenos Aires do outro lado do Prata, está a belíssima cidade de Colonia del Sacramento, fundada por portugueses em 1680. A cerca de uma hora de carro em direção ao interior do rio, a região de Carmelo também tem bons vinhos.
Tannat: a uva rústica que os uruguaios domaram
Assim como a Argentina reposicionou a uva malbec no mundo do vinho, o Uruguai o fez com a tannat. No episódio desta semana, Vinicius Mesquita e Rodrigo Barradas dão uma atenção a essa variedade tinta.
Assim como seus vizinhos do outro lado do Rio da Prata, os uruguaios adotaram uma cepa do sudoeste francês: a tannat é a principal uva região do Madiran, região basca próxima da fronteira com a Espanha, enquanto a malbec domina os vinhos de Cahors.
Tradicionalmente, os vinhos das duas regiões da França tinham boa fama, mas eram conhecidos pela rusticidade. No caso da tannat, como o próprio nome indica, os taninos são muito presentes, quase exigindo longos estágios de envelhecimento para que fossem suavizados.
Os bascos que migraram para Montevidéu no século 19 levaram consigo a tannat. Com o passar do tempo, os uruguaios conseguiram a mágica de domar um pouco os taninos da cepa.
"Eles deram um jeito de envolver esses taninos numa camada de sedosidade", diz Barradas no programa. Mesquita completa: "O uruguaio aveludou o tannat francês".
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