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Vila Ipojuca ainda é 'oásis' com clima de bairro em SP: veja roteiro por lá

Imagem: Nanda Ferreira

Gabrielli Menezes

Colaboração para Nossa

22/02/2025 05h30

Não pude contar quantas casinhas foram ao chão na minha rua. Todas viraram pó para dar lugar a prédios que só inclinando bem o pescoço para ver o topo. Enquanto isso, flerto com as raras opções próximas que ainda mantêm um clima de bairro. Uma delas é a Vila Ipojuca.

Vizinho de áreas famosas, como a Vila Madalena, e com fácil acesso às marginais, este distrito da Lapa atrai quem busca tranquilidade sem abrir mão da boa localização. As ruas arborizadas e sinuosas, capazes de confundir o GPS interno dos mais cartesianos, guardam pracinhas fofas e serviços locais.

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Cada vez mais, restaurantes, bares e lojas abrem as portas para atender aos moradores. Muitos, inclusive, são fruto do empreendedorismo de quem vive a poucos metros dali.

Como acredito que a melhor forma de conhecer um lugar é pedindo sugestões a quem o conhece bem, o roteiro de hoje começa numa pizzaria super tradicional — a Vituccio — e continua por estabelecimentos indicados a partir dele.

Vituccio
Nenhum vizinho duvida de que o imóvel na Praça Sá Pino abriga uma pizzaria. Primeiro porque a fachada tem as cores da Itália e a silhueta de um pizzaiolo em azulejo. Segundo porque se trata de uma instituição do bairro - e é por isso que merece a sua visita. Sobre as pizzas vão as coberturas de sempre e de invenção própria, mas os xodós da Vila Ipojuca são a rotolina (massa enroladinha com recheios como abobrinha, parmesão e mussarela, R$ 37) e o limoncello da casa (R$ 15 a dose). Vai lá: Rua Tonelero, 609, Vila Ipojuca, @vitucciopizzeria

Hilda Botequim
Basta atravessar a praça para encontrar o torresmo mais desejado do bairro. "É bem suculento", indica Paulo Farias, sócio da Vituccio. A porção (R$ 36) abre a refeição, sempre composta por receitas brasileiras, como a feijoada (R$ 59), servida aos sábados. Com jeito descontraído, o botequim inaugurado por Alessandra Ramos é uma homenagem a sua avó mineira: "Ainda pequena, eu dizia que abriria um lugar com o seu nome. E ela respondia com sotaque: deixe de 'bobage', menina". Vai lá: Praça Sá Pinto, 67, Vila Ipojuca. @hildabotequim

Ipo Bar
Há 9 anos, três amigos deixaram seus empregos em um restaurante na Avenida Paulista para abrir o próprio negócio no bairro do coração: a Vila Ipojuca. Assim, nascia o bar de coquetelaria citado por todos os entrevistados desta newsletter. "É uma referência", resume Alessandra, do Hilda. Além de drinques clássicos e autorais, o público encontra um ambiente animado, com mesa de sinuca e discotecagem de quarta a sexta. Entre as comidinhas, fazem sucesso o tartar de atum (R$ 65) e o pudim (R$ 17), com baunilha de verdade. Vai lá: Rua Mota Pais, 32, Vila Ipojuca. @ipobar

A Vinha
Aqui, dizer que o lugar tem clima de casa não é força de expressão. De quinta a sábado, Renata Figo abre o andar térreo de sua casa para receber a vizinhança. Sem funcionários, ela cuida de tudo: da produção das empanadas (R$ 17 cada uma), fechadas e recheadas com queijo meia cura ou pernil na hora do pedido, à seleção de vinhos, que muda a cada semana. "São rótulos diferentes do que se encontra no mercado", elogia Felipe Farias, do Ipo. A garrafa mais barata custa R$ 120 e a taça sai a partir de R$ 25. Vai lá: Rua Rodrigues de Campos Leite, 13, Vila Ipojuca. @avinhabar

BARES

Novidades em Pinheiros (para fugir do Carnaval ou curtir depois)

Por Sergio Crusco

Vai para o bloco ou não vai? Eu pulo. Quer dizer, fico em casa, com saudades do tempo em que São Paulo era o túmulo do samba, como cravou Vinicius de Moraes, e a cidade esvaziava no Carnaval. Respeite minha caducagem, diria Rita Lee.

Se você é do time que foge da festa, vale esperar a poeira dos blocos baixar passar a e conferir as novidades no bar Trinca e no restaurante Chou, em Pinheiros. Altas coquetelarias, grandes sabores.

O Trinca não lançou carta nova, mas os bartenders Tábata Magarão e Alê Bussab agregaram alguns coquetéis especiais ao cardápio. Tem um trago bem doce (tendência cada vez mais comum), outro refrescante e mais um bem potente.

No Chou, Chula Barmaid uniu-se ao bartender da casa, César Henrique, e à chef Gabriella Barroso para criar uma coleção atraente e delicada de drinques, que combinam com o clima intimista da casa - a media luz...

Trinca Bar & Vermuteria
A pedida cítrica é dom cabruca, de tequila com nibs de cacau, cupuaçu, cambuci e bitter de coco. Um jeito novo de beber o destilado mexicano, em composição bem frutada. A acidez some no adocicado flor de jerez, com tequila, lichia, mel, camomila e jerez. My way é o drinque pancadão da nova safra, alquimia ousada de bourbon, amaro, jerez cream, licor de amêndoas e aceto balsâmico. Para ser sorvido devagarinho, meditando ou na melhor companhia. Todos por R$ 55. Vai lá: R. Costa Carvalho, 96, Pinheiros. @trincabar

Chou
Onde o amor descansa (R$ 37) é o nome poético de um drinque frutado e elegante, com cachaça, gim, limão, licor de laranja, espumante e cerejinha para finalizar. Para quem é dos tragos secos, recomendo não perder o martini marroquino (R$ 45), feito de gim, vermute dry, jerez e guarnecido com conserva de limão. Perfeito para anteceder o jantar. Anoche um manhattan (R$ 67) é releitura luxuriosa da receita clássica, com bourbon, vermute tinto, Cynar, Angostura e bitter de amendoim. Vai lá: R. Mateus Grou, 345, Pinheiros @restaurantechou

BELISQUETES

Chega de calor! Sorvetes brasileiros para refrescar

Por Gabrielli Menezes

Tomar sorvete deveria estar entre as recomendações dos órgãos de saúde para suportar os 36 graus nesta cidade de concreto e asfalto. Além da manutenção da hidratação (será que dá para considerar?), proporciona felicidade instantânea quando o geladinho desce refrescante.

O calor exigirá, no entanto, atenção redobrada ao derretimento: a meleca provocada pela liquefação da receita não agrada a maior parte da população. Abaixo, estão sugestões de onde encontrar sorvetes feitos a partir de ingredientes brasileiros.

Cangote
Nesta pequena sorveteria do empresário baiano Anderson Maciel Boeira, só entram frutas regionais, especialmente do Norte e Nordeste do país. Tão coloridos quanto deliciosos, os sorvetes se revezam no cardápio, com opções como cajá, graviola, jabuticaba e tapioca. Os preços são mais baixos que os da concorrência: uma bola sai por R$ 14 e duas, por R$ 22. Pela casquinha, cobra-se um adicional de R$ 3. Vai lá: Rua Aureliano Coutinho, 278, Vila Buarque. @cangotesorvetes

Veja o vídeo que gravei por lá e siga o Instagram de Nossa para mais dicas de lugares, viagem e decoração:

Rochinha
Criada em 1983 no litoral norte de São Paulo, a empresa estreou uma nova fase em janeiro, com a abertura da loja conceito em Moema. Embora parte das cubas seja preenchida com os sabores nacionais que caracterizam a marca - como milho verde, açaí e coco -, há espaço para intrusos, caso do pistache. A casquinha artesanal é assada na hora (R$ 17,90 com um sabor). Vai lá: Avenida Cotovia, 350, Moema. @sorvetesrochinha_moema

CLUBE UOL

Sobremesa grátis na Fogo de Chão
Só assinante UOL ganha uma sobremesa do cardápio, mediante ao consumo do rodízio, nesta que é uma das churrascarias mais tradicionais de São Paulo desde os anos 80, com mais de 70 unidades espalhadas pelo mundo. O benefício é válido de segunda a sexta-feira, em todas as unidades de São Paulo. Clube UOL

Viva uma experiência Michelin
Imaginou ter uma experiência saborosa em um restaurante de Guia Michelin e com desconto? Com o Clube UOL, isso é realidade. Assinante UOL tem 10% OFF no The Kith, localizado na Avenida Rebouças, com um cardápio de pratos tradicionais brasileiros com influências internacionais. O benefício é válido para todas as refeições, de segunda a sábado. Clube UOL

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